A socioeducação no Brasil é um conceito novo, vindo como alternativa contra práticas punitivas e de cunho repressor praticadas por quase um século, voltadas aos adolescentes que cometem atos infracionais, sem que tenham apresentado eficácia válida. Diante das entidades já existentes, voltadas para o cumprimento de medida socioeducativa, percebe-se que se faz necessário a construção de novos espaços, auxiliares aos já existentes, permitindo à descentralização das práticas voltadas a assistência social e educacional desses jovens. Com isso, torna-se útil como forma de auxiliar o tratamento desses jovens, a proposta de um novo Centro Socioeducativo, pertencente à rede municipal, no qual possam ser desenvolvidas práticas conjuntas aos órgãos já existentes e baseado no trabalho interdisciplinar focado nas questões que mais norteiam a juventude em situação de delito que são a dependência química e o pertencimento a facção criminosa, possibilitando uma reflexão crítica acerca da realidade em que se inserem. Através da análise de espaços já existentes e da entrevista junto aos socioeducandos e socioeducadores, foi possível identificar a importância do uso da arquitetura para sanar essa demanda, possibilitando a implantação de um ambiente que surja como resposta à necessidade de novas práticas na área relativa à socioeducação.