Neste trabalho, os gastos empresariais em P&D no Brasil são decompostos para explicitar o papel dos esforços de inovação das firmas individuais e da estrutura produtiva nos nÃveis agregados desse indicador. Com base na agregação dos setores da indústria de transformação em quatro grupos de acordo com seus nÃveis de intensidade tecnológica, analisa-se a relação entre gastos em P&D e receita operacional lÃquida no Brasil, comparando-a com os indicadores referentes à Alemanha, aos Estados Unidos e ao Canadá. Argumenta-se que, se o objetivo das polÃticas de inovação no Brasil é aumentar a relação entre gastos empresariais em P&D e PIB, seu foco deveria recair sobre os setores de alta e média-alta tecnologia. Por outro lado, instrumentos adicionais de polÃtica com foco nos setores de média-baixa e baixa tecnologia devem ser adotados para que esses segmentos beneficiem-se de inovações incrementais e da absorção de novas práticas não diretamente associadas à s atividades de P&D.