UMA ANÁLISE RETÓRICO-LINGUÍSTICA DO DISCURSO DE PROCLAMAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA DA GUINE-BISSAU

Revista de Letras

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ISSN: 0101-8051 / 2358-4793
Editor Chefe: Maria Elias Soares
Início Publicação: 31/12/1977
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística

UMA ANÁLISE RETÓRICO-LINGUÍSTICA DO DISCURSO DE PROCLAMAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA DA GUINE-BISSAU

Ano: 2019 | Volume: 2 | Número: 38
Autores: L. C. de Menezes, A. Danfá
Autor Correspondente: L. C. de Menezes, A. Danfá | [email protected]

Palavras-chave: modalidade deôntica, leitura retórico-linguística, discurso de independência da Guiné-Bissau.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A partir da proposta de Menezes (2006, 2011) de estudo das expressões linguísticas modalizadoras deônticas na construção da argumentação em discursos políticos, empreendemos análise retórico-linguística dos modos de atuação das expressões deônticas constitutivas do discurso de proclamação da independência da Guiné-Bissau. Tendo em vista a missão da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), como instituição de ensino internacional, valorizamos o debruçar-se sobre os textos entendidos como marcos históricos dos países que habitam a UNILAB, sob os mais diversos vieses. Entendemos que o estudo deste documento histórico sob o ponto de vista retórico-linguístico auxilia às reflexões acerca do próprio conceito de nação guineense, construído linguisticamente no discurso de proclamação da independência. Analisamos a íntegra do discurso de independência da Guiné-Bissau com base nos parâmetros “alvo” e “fonte” dos valores semânticos deônticos instaurados no discurso, bem como consideramos as partes constitutivas do discurso conforme delineadas pela retórica a fim de compreendermos os efeitos de sentido gerados pelas expressões linguísticas modalizadoras deônticas na construção da argumentação. Constatamos, ao longo de um discurso de sete páginas, a presença de vinte e nove expressões modalizadoras deônticas, localizadas nas partes do discurso destinadas à apresentação de provas e ao epílogo, cuja fonte emana de valores morais como a lealdade e que constroem um conceito de nação independente do julgo colonial que só alcançou e manterá tal configuração se mantiver estrutura monopartidária.