UMA ANÁLISE TEÓRICO-POLÍTICA DECOLONIAL SOBRE O CONCEITO DE MODA E SEUS USOS

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ISSN: 1982-615X
Editor Chefe: Daniela Novelli
Início Publicação: 01/01/2008
Periodicidade: Semestral

UMA ANÁLISE TEÓRICO-POLÍTICA DECOLONIAL SOBRE O CONCEITO DE MODA E SEUS USOS

Ano: 2020 | Volume: 13 | Número: 28
Autores: H. H. O. Santos
Autor Correspondente: H. H. O. Santos | [email protected]

Palavras-chave: moda, decolonialidade, capitalismo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A partir de uma perspectiva pós-colonial/decolonial, a proposta do artigo é questionar o conceito ocidental de moda e seus possíveis usos. Entendemos que o conceito de moda pode ser utilizado como uma noção dentro do aparato ideológico colonial que busca desautorizar a relação das sociedades não ocidentais com o tempo ao afirmar que estas últimas não tem moda porque pouco mudam seu vestuário, ou como o colonizador prefere chamar, sua indumentária ou costume. Este tipo de binarismo, no caso “moda X costume”, engessa, como aponta Quijano (2005), as sociedades não ocidentais e fornece ao Ocidente o status ideológico do movimento, da capacidade de se modificar, renovar e, por que não, evoluir (em um sentido evolucionista mesmo), pois como aponta Said (2007), o colonizador, em seu lugar de autoridade, entende que lhe cabe “ler” o colonizado e traduzir a cultura do mesmo para si próprio.



Resumo Inglês:

From a postcolonial/colonial perspective, the purpose of the article is to question the western concept of fashion and its possible uses. We understand that the concept of fashion can be used as a notion within the colonial ideological apparatus that seeks to disallow the relationship of non-western societies with time by stating that the latter has no fashion because little change their clothing, or as the colonizer prefers to call it, your costume. This type of binary, in the case of “fashionXcostume”, engenders, as Quijano(2005) points out, non-Western societies and provides the West with the ideological status of the movement, its ability to change, renew itself and, why not, evolve (in an evolutionary sense). As Said(2007) points out, the colonizer, in his place of authority, understands that its up to him to “read” the colonized and to translate his culture to himself.