Este texto pretende apresentar a atuação intelectual de Joel Martins, educador formado na Universidade de São Paulo, que, entre 1956 a 1959, foi diretor da Divisão de Estudos e Pesquisas Educacionais e, depois, da Divisão de Aperfeiçoamento do Magistério, no Centro Regional de Pesquisas Educacionais de São Paulo a convite de Fernando de Azevedo, primeiro diretor da instituição. O artigo analisa pesquisas desenvolvidas sobre sua trajetória e detecta que esta experiência profissional não foi retratada nos estudos. Ao analisar o diálogo por meio de cartas que Joel Martins teve com Fernando de Azevedo, após sua saída da instituição, procurou-se compreender os motivos que levaram o intelectual ocultar essa atuação, considerando que esse cargo credenciou ao convite para trabalhar na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
This paper aims to introduce the intellectual role of Joel Martins, educator trained at Universidade de São Paulo (University of São Paulo), who, between 1956 and 1959, was director of Divisão de Estudos e Pesquisas Educacionais (Division of Educational Studies and Research), and later of Divisão de Aperfeiçoamento do Magistério (Division of Magisterium Improvement), at Centro Regional de Pesquisas Educacionais de São Paulo (Regional Center for Educational Research of São Paulo) invited by Fernando de Azevedo, who was the first director of the institution. This article analyzes research based on his trajectory and detects that this professional experience was not approached in the previous studies. When analyzing the dialogue through the letters that Joel Martins exchanged with Fernando de Azevedo after leaving the institution, it was possible to understand the reasons that caused the scholar to hide this role, considering that this position led to the invitation to work at the United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO).