UMA CRÍTICA AO CONCEITO DE ABISMO GNOSEOLÓGICO NA TEORIA RETÓRICA DE JOÃO MAURÍCIO ADEODATO

Revista Acadêmica da Faculdade de Direito do Recife

Endereço:
Rua do Hospício, nº 371, Bloco C, 2º andar - Boa Vista
Recife / PE
53130-060
Site: http://periodicos.ufpe.br/revistas/ACADEMICA/index
Telefone: (81) 2126-8689
ISSN: 24482307
Editor Chefe: Leonardo Cunha
Início Publicação: 01/01/1891
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Direito

UMA CRÍTICA AO CONCEITO DE ABISMO GNOSEOLÓGICO NA TEORIA RETÓRICA DE JOÃO MAURÍCIO ADEODATO

Ano: 2018 | Volume: 90 | Número: 2
Autores: TORQUATO D. S. CASTRO JR, VICTOR LACERDA, JOÃO A. A. DOS SANTOS
Autor Correspondente: RAFDR | [email protected]

Palavras-chave: Filosofia retórica do direito, Filosofia da linguaguem, Anti-representacionalismo, Direito e linguagem

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A noção de abismo gnoseológico, em conjunto com a de abismo axiológico, é a base epistemológica da teoria retórica de João Maurício Adeodato. Ela faz parte dos fundamentos teóricos e apoia as teses do autor sobre a impossibilidade de comunicação plena, das verdades imutáveis e da ideia de uma etiologia jurídica. Neste artigo, buscamos demonstrar que a noção de abismo gnoseológico possui como fundamento uma teoria da linguagem como representação, e pressupõe uma ontologia calcada em teorias da mente comuns à tradição ocidental. Argumentamos, utilizando-nos de conceitos da filosofia tardia de Wittgenstein, que tais pressupostos parecem estar em desacordo com outras posições do próprio Adeodato



Resumo Inglês:

The notion of gnoseological abyss, in conjunction with that of axiological abyss, forms the epistemological basis of João Maurício Adeodato’s rethorical theory. It is a part of his theoretical foundations and plays a role in supporting the author’s thesis about the impossibility of absolute communication, immutable truths and the idea of a legal ethology. In this article we purport to demonstrate that the notion of gnoseological abyss relies on a view of language as representation, and assumes an ontology common to the Western tradition when it comes to the theory of mind. We argue, following Wittgenstein’s late philosophy, that such assumptions go against Adeodato’s own positions.