Uma defesa epistêmica da democracia

REVISTA DE CIÊNCIAS DO ESTADO - REVICE

Endereço:
Avenida João Pinheiro, nº 100, Centro.
Belo Horizonte / MG
30130-180
Site: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revice/index
Telefone: (31) 3409-8620
ISSN: 25258036
Editor Chefe: Theo Augusto Apolinário Moreira Fonseca
Início Publicação: 31/05/2016
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História, Área de Estudo: Direito, Área de Estudo: Serviço social, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

Uma defesa epistêmica da democracia

Ano: 2025 | Volume: 10 | Número: 1
Autores: Robson Vitor Freitas Reis, Edson Lugatti Silva Bissiati
Autor Correspondente: Robson Vitor Freitas Reis | [email protected]

Palavras-chave: democracia epistêmica, teorema do júri de condorcet, paradoxo de condorcet, cognitivismo político, inteligência coletiva

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este trabalho apresenta uma defesa epistêmica da governança democrática, analisando principalmente os trabalhos do Condorcet e da Landemore. O estudo começa estabelecendo a racionalidade como um conceito fundamental para a análise. Em seguida, explora o Teorema do Júri e o Paradoxo de Condorcet, destacando as implicações do paradoxo para a teoria democrática e os sistemas de votação. Seções subsequentes propõem soluções para o Paradoxo de Condorcet, incluindo a eliminação de pluralidades menores e o conceito do eleitor mediano, demonstrando como essas estratégias abordam a ciclicidade na tomada de decisões coletivas. A seção final aprofunda-se na defesa epistêmica da democracia por Landemore, discutindo o cognitivismo político, a metáfora do labirinto e o conceito de Razão Democrática como a inteligência coletiva do povo. Landemore argumenta que a democracia, através de processos de tomada de decisão inclusivos, pode aproveitar a inteligência coletiva de perspectivas diversas, levando a resultados superiores. Seus argumentosressaltam as virtudes epistêmicas da democracia, sugerindo que a participação diversa e inclusiva melhora a qualidade das decisões ao aproveitar a sabedoria coletiva da população. Ao sintetizar insights matemáticos, filosóficos e políticos, este trabalho destaca as complexidades e os pontos fortes da democracia do ponto de vista epistêmico. Demonstra como os processos democráticos, informados pelas teorias de Condorcet e Landemore, podem levar a decisões que são não apenas representativas da população, mastambém sábias e bem informadas. Em última análise, o trabalho apresenta um argumento convincente para o valor inerente da democracia em produzir resultados informados, racionais e benéficos, defendendo assim sua superioridade epistêmica sobre outras formas de governança.



Resumo Inglês:

This work presents an epistemic defense of democratic governance, mainly analyzing the works of Condorcet and Landemore. The study begins by establishing rationality as a foundational concept for the analysis. It then explores Condorcet's Jury Theorem and Paradox, highlighting the paradox's implications for democratic theory and voting systems. Subsequent sections propose solutions to Condorcet's Paradox, including the elimination of minor pluralities and the concept of the median voter, demonstrating how these strategies address cyclicality in collective decision-making. The final section delves intoLandemore's epistemic advocacy for democracy, discussing political cognitivism, the labyrinth metaphor, and the concept of Democratic Reason as the collective intelligence of the people. Landemore argues that democracy, through inclusive decision-making processes, can harness the collective intelligence of diverse perspectives, leading to superior outcomes. Her arguments underscore the epistemic virtues of democracy, suggesting that diverse and inclusive participation improves the quality of decisions by leveraging the collective wisdom of the populace. By synthesizing mathematical, philosophical, and political insights, this work underscores the complexities and strengths of democracy from an epistemic viewpoint. It demonstrates how democratic processes, informed by Condorcet’s and Landemore’s theories, can lead to decisions that are not only representative of the populace but also wise and well-informed. Ultimately, the work presents a compelling case for democracy's inherent value in producing informed, rational, and beneficial outcomes, thus advocating for its epistemic superiority over other forms of governance.



Resumo Espanhol:

 

Este trabajo presenta una defensa epistémica de la gobernanza democrática, analizando principalmente las obras de Condorcet y Landemore. El estudio comienza estableciendo la racionalidad como un concepto fundamental para el análisis. Luego explora el Teorema del Jurado y la Paradoja de Condorcet, destacando las implicaciones de la paradoja para la teoría democrática y los sistemas de votación. Secciones subsecuentes proponen soluciones para la Paradoja de Condorcet, incluyendo la eliminación de pluralidades menores y el concepto delvotante mediano, demostrando cómo estas estrategias abordan la ciclicidad en la toma de decisiones colectivas. La sección final profundiza en la defensa epistémica de la democracia por parte de Landemore, discutiendo el cognitivismo político, la metáfora del laberinto y el concepto de Razón Democrática como la inteligencia colectiva del pueblo. Landemore argumenta que la democracia, a través de procesos de toma de decisiones inclusivos, puede aprovechar la inteligencia colectiva de perspectivas diversas, llevando a resultados superiores. Sus argumentos resaltan las virtudes epistémicas de la democracia, sugiriendo que la participación diversa e inclusiva mejora la calidad de las decisiones al aprovechar la sabiduría colectiva de la población. Al sintetizar conocimientos matemáticos, filosóficos y políticos, este trabajo destaca las complejidades y fortalezas de la democracia desde una perspectiva epistémica. Demuestra cómo los procesos democráticos, informados por las teorías de Condorcet y Landemore, puedenllevar a decisiones que no solo son representativas de la población, sino también sabias y bien informadas. En última instancia, el trabajo presenta un argumento convincente para el valor inherente de la democracia en producir resultados informados, racionales y beneficiosos, defendiendo así su superioridad epistémica sobre otras formas de gobernanza.