Este texto discute as relações produzidas no interior de uma escola pública em Porto Velho, Rondônia, em torno dos processos de avaliação e recuperação da aprendizagem nos anos finais do Ensino Fundamental, a partir de investigação realizada sob o referencial da psicologia escolar. O estudo, de natureza qualitativa, fez uso de análise documental, entrevistas e observações. Os resultados evidenciam, por um lado, a luta histórica de uma comunidade periférica pelo acesso à educação e, por outro, as dificuldades de diferentes ordens que se interpõem entre a conquista da escola e a qualidade do ensino oferecido. Dentre as dificuldades, destacam-se a pseudoautonomia nos processos de planejamento e o desenvolvimento da prática pedagógica, a precariedade da escola, as condições de trabalho dos docentes e as relações conflituosas entre estudantes e professores.