O presente artigo propõe analisar algumas das trajetórias e caminhos de circulação possíveis de instrumentos musicais. O escrutínio de sua vida social como mercadoria nos diferentes regimes conduzidos pelas lojas de música também levará em conta o modo como se dão as tecnicalidades e condutas específicas relacionadas a esses espaços. Para tanto, reúno alguns referenciais da antropologia da música e museologia para apresentar espaços, etapas técnicas e relacionais ligadas aos processos de exibição e comercialização destes objetos. Argumento que, quando atentamos aos processos supracitados, engendrados em uma loja de instrumentos musicais, os observamos também como pontos nodais de extensas políticas de valoração, autenticidade e sonoridade que se refletem nas tecnicalidades concernentes à sua organização volumétrica e espacial.