A escritora Ana de Castro Osório (1872-1935) é reconhecida por sua campanha feminista. Sua intensa propaganda pela defesa de maior autonomia para as mulheres e mais direitos, como educação, sufrágio e divórcio marcaram sua carreira intelectual. Com a vitória da revolução republicana, ela vem viver no Brasil, entre 1911 e 1913. Mais tarde, realiza uma série de conferências em várias cidades, entre 1922 e 1923, reunidas depois em A Grande Aliança, defendendo uma união cultural luso-brasileira. Essa vivência como feminista portuguesa no Brasil é o tema de um de seus últimos livros de ficção, o romance Mundo Novo. Pretendemos estabelecer relações entre suas propagandas feministas e de aproximação luso-brasileira e o discurso e as ações de sua personagem Leonor da Fonseca, curiosamente o mesmo nome adotado por ela ao se filiar à maçonaria.
The writer Ana de Castro Osório (1872-1935) is recognized for her feminist campaign. Her intense propaganda for defending greater autonomy for women and more rights such as education, suffrage and divorce marked her
intellectual career. With the victory of the republican revolution, she came to live in Brazil between 1911 and 1913. Later, she held a series of conferences in various cities, between 1922 and 1923, later reunited in A Grande Aliança, defending a Portuguese-Brazilian cultural union. This experience as a Portuguese feminist in Brazil is the theme of one of her last books of fiction, the novel Mundo Novo. We intend to establish relations between her feminist propaganda, the pro-Portuguese-Brazilian cultural approach and the discourse and actions of her character Leonor da Fonseca, curiously the same name adopted by her when joining Freemasonry.