Este artigo tem por finalidade inserir o sabor no contexto das discussões da geografia humanista e ressaltar o hedonismo na geografia do sabor. Para tanto, foram explorados os sentidos e consideradas as relações simbólicas criadas durante a produção da rapadura, com seus valores e significados próprios. Fragmentos desta dimensão simbólica da rapadura foram recuperados do imaginário dos geraizeiros, gentes sertanejas tradicionais no norte de Minas Gerais. A voz dos geraizeiros permitiu analisar como eles são capazes de acrescentar o gosto e o saber fazer ao modelar e remodelar a paisagem rural a partir de suas experiências de vida.
This paper’s aim is to insert flavor in the humanist geography discussion context and highlight hedonism in geography of flavor. For this reason, we have considered in this paper the symbolic relations created during the production of “rapaduraâ€, with its own values and meanings. Fragments of this symbolic dimension of “rapadura†were recovered from the “geraizeiros’†imaginary, traditional bushman people from the north of Minas Gerais. Their voice allowed us to analyze how they are capable of adding taste and know-how when modelling and remodeling the rural landscape through their life experiences.
