Este artigo analisa a ação repressiva das autoridades coloniais e provinciais sobre os escravos e libertos da Bahia, que viviam nas franjas do condado de Nazaré das Farinhas, na primeira metade do século XIX. Também são analisadas as diferentes estratégias levadas a cabo por homens livres para burlar o recrutamento militar, especialmente a formação de quilombos e a construção de territórios negros. O estudo enfatiza o movimento de escravos fugitivos que estavam tentando sobreviver nas cidades e nos distritos da região, as revoltas que protagonizaram e sua relação com a comunidade de homens livres suspeitos. Além do uso de uma bibliografia atualizada, a pesquisa se baseou em documentos expedidos pelos Juízes de Paz, os censos do governo da Capitania, relatos de viajantes, correspondências da Presidência da Província e municipais, ordenanças, acordos e regulamentos do período colonial, processos criminais, assentamentos em livro batismal e documentos emitidos pela polícia da época.
This article analyzes the repressive action of the colonial and provincial authorities on the slaves and freedmen of Bahia who lived on the fringes of Nazaré das Farinhas county in the first half of the 19th century. It also analyzes the different strategies undertaken by free men to circumvent military recruitment, especially the formation of quilombos and the construction of black territories. The study emphasizes the movement of fugitive slaves who were trying to survive in the cities and districts of the region, the slave revolts and their relationship with the community of suspicious free men. We cling to a relevant bibliography and explore the following documents: county correspondence, Judges of Peace correspondence, captaincy government censuses, traveler reports, provincial presidency correspondence, ordinances, agreements and regulations of the colonial period, criminal cases, baptismal book accents and documents issued by police at the time.