Uma leitura da mundanidade do luto de imigrantes, refugiados e apátridas

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ISSN: 1984-5537
Editor Chefe: Angelo Serpa
Início Publicação: 28/02/2005
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Geografia

Uma leitura da mundanidade do luto de imigrantes, refugiados e apátridas

Ano: 2014 | Volume: 10 | Número: 2
Autores: Rosa Martins Costa Pereira, Sylvio Fausto Gil Filho
Autor Correspondente: Rosa Martins Costa Pereira | [email protected]

Palavras-chave: Migração, Mundanidade, Luto

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Esse estudo trata de mundanidades do luto de imigrantes forçados, pessoas para as quais, provavelmente, deixar a terra natal não seria a primeira opção, em condições normais em seu país de origem. Com base em Métreaux (2011), analisou-se mundanidades do luto de imigrantes de garimpeiros e trabalhadoras sexuais brasileiras na Guiana e no Suriname, estudadas por Oliveira (2012), experiências de imigrantes brasileiros em Roma, analisadas por Della Pasqua e Dal Molin (2009), e o Projeto Novos Brasileiros, uma experiência do Brasil como segundo país de refúgio, relatado por Fiametti (2005). A análise foi norteada pela abordagem fenomenológica-hermenêutica heideggeriana cujas bases têm contribuído para que geógrafos humanistas reinterpretem as noções de lugar e mundo. A partir da noção de mundanidade, em Heidegger (2010, 2012), identificou-se formas de luto vivenciadas por imigrantes, refugiados e apátridas: luto pelo sonho não realizado, por privacidade, liberdade, referências, perda do vínculo anterior, reconhecimento, valorização profissional e respeito à dignidade humana, alimentação, ausência do conhecido e amado, saúde, orientação e direção, autoestima, convívio social e o luto impedido ou negado. Com esse estudo preliminar, pretende-se contribuir para ampliar as possibilidades de acesso da leitura geográfica à dimensão existencial dos fluxos migratórios.