Uma leitura de Liberdade, ambiente poético em 3D: questões de navegação, interpretação e configuração

Texto Digital

Endereço:
Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Departamento de Língua e Literatura Vernáculas. Campus Universitário UFSC/CCE, 5º andar, sala 515. Trindade. Florianópolis.
Florianópolis / SC
88.040-900
Site: http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/textodigital/index
Telefone: (48) 3721-6590
ISSN: 18079288
Editor Chefe: Everton Vinicius de Santa
Início Publicação: 31/05/2004
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras

Uma leitura de Liberdade, ambiente poético em 3D: questões de navegação, interpretação e configuração

Ano: 2016 | Volume: 2 | Número: 12
Autores: Maíra Borges Wiese
Autor Correspondente: Maíra Borges Wiese | [email protected]

Palavras-chave: Poesia Digital, Videojogo, Navegação, Leitura, Configuração

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A obra digital Liberdade (2014), um ambiente poético em 3D, é uma das mais recentes obras da literatura digital brasileira, publicada na Electronic Literature Collection 3 (2016). As imagens, animações, áudios, palavras e origamis que estão distribuídos no espaço gráfico-visual constroem um tecido simbólico que, por um lado, faz referência ao bairro Liberdade, da cidade de São Paulo, e é, por outro, um "estudo" da relação entre memória e esquecimento, entre recordações e a passagem do tempo, da capacidade de os objetos (materiais e imateriais) de serem meios de inscrição de e acesso a experiências pessoais e coletivas. Mas este artigo dedica-se essencialmente aos desafios da navegação e da leitura nesta obra. Destaco três aspectos desses desafios: 1) a imersão em um ambiente hipermedial, isto é, saturado de informações multisensoriais (verbais, visuais, auditivas, manuais); 2) a função transversal (AARSETH, 1995) da obra (o "acessar" e "percorrer" a obra), que neste caso se realiza através de comandos e ações que devem ser aprendidos; e 3) a interpretação, fundamental para a concatenação das diversas unidades (muitas vezes dispersas e enigmáticas) que compõem a obra. A conjugação desses três aspectos leva à comparação entre leitura e navegação aleatórias versus leitura e navegação estratégicas, que neste artigo discuto em termos de «configuração».