Uma lição sobre a devastação em sonata de outono

Revista Fluminense de Extensão Universitária

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Editor Chefe: Carla Cristina Neves Barbosa
Início Publicação: 31/07/2011
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

Uma lição sobre a devastação em sonata de outono

Ano: 2015 | Volume: 5 | Número: 1
Autores: Fernanda Cabral Samico, Heloisa Caldas
Autor Correspondente: Fernanda Cabral Samic | [email protected]

Palavras-chave: Feminino; Devastação; Parceria; Bergman.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Na relação devastada entre uma mulher e sua mãe, é o S( ) que se presentifica como aquilo que há em comum entre ambas.
Nos enlaces eróticos femininos, gozo e amor estão costurados em um movimento único e esse caráter imprime uma
especificidade. Um traço desta se encontra nas relações devastadoras que algumas mulheres mantém com seus parceiros e
com suas mães. Esta condição devastadora entre mãe e filha fica muito bem exemplificada com algumas vinhetas retiradas de
nosso cotidiano clínico e com a articulação com o filme Sonata de Outono de Ingmar Bergman. Com riqueza, as personagens
Charlotte e Eva ensinam o quanto o laço de devastação pode ser avassalador e imprimir marcas permanentes. O que está
em jogo entre Charlotte e Eva é a tentativa de manejar algo que ambas conhecem bem: a aflição de uma demanda infinita
de amor incapaz de ser respondida. A mulher devastada, arrebatada pelo gozo Outro, presente em tal laço funesto, não vê
outra estratégia a não ser apostar o excesso de seu gozo em vínculos que repetem a catástrofe da demanda infinita de amor.



Resumo Inglês:

In a devastated relationship between a woman and her mother, is the S ( ) that becomes present as what is in common between
both of them. In the woman’s erotic connections, jouissance and love are woven into a single movement and this character
prints an specifity. A trace of this specificity is the devastating relatonships that some women have with their partners and also
with their mothers. This devastating condition between mother and daughter is well illustrated with some vignettes drawn
from our clinical routine and the articulation of the theory and the film Autumn Sonata by Ingmar Bergman. With a wealth of
examples, the characters Charlotte and Eva teach how overwhelming devastation can be and print permanent marks. What
is at stake between them is the efford to handle something that both know well: the affliction of an infinite demand of love,
unable to be answered. The devastated woman, overwhelmed by the other jouissance, present in such a disastrous tie, sees
no other strategy but to invest the excesso f her jouissance in bonds that repeat that catastrophe of the infinite demand of love.