O presente texto tem o intuito de apresentar uma personagem no mínimo interessante, a partir do discurso imbuído de poesia no Cântico dos cânticos de Salomão: a Sulamita (Ct 7,1)! Uma mulher cujo nome já nos desafi a por sua constituição e signifi cado: assim como o nome Salomão, ela é aquela que carrega em si a paz. Ao mesmo tempo, através da proximidade do nome, ela é, também, próxima ao rei: próxima na intimidade apontada no texto, próxima ao ponto de ser sua companheira, uma com ele. Além, disso, essa mulher é negra e bela, camponesa e simples, ousada e trabalhadora de sol a sol (Ct 1,5-6) – mulher forte e preparada pela vida para ser rainha. Que a força dessa poesia que aponta uma mulher quebradora de paradigmas, paradoxalmente não palaciana e cheia de nobreza, nos faça analisar o texto sagrado e a nós mesmos/ mesmas). E que isso seja feito através de uma hermenêutica do feminino que, aplicada ao texto, reverbere em nossas relações diárias, a fi m de que haja mais afetividade e acolhimento, em nossa própria vida.
This text aims to introduce a character at least interesting, from the speech imbued with poetry in The Song of Songs, which is Solomon’s: the Shulamite (Song 7.1)! A woman whose name already challenges us by its constitution and meaning: like the name Solomon, she is the one who carries peace in her. At the same time, through the resemblance of the name, she is also close to the king: close in intimacy in the text, close to the point of being his partner, one with him. In addition, this woman is black and beautiful, peasant and simple, daring and hardworking with sun gazing on her (Song 1.5-6) – a strong woman prepared for life to be queen. May the strength of this poetry that points out a paradigm-breaking woman, paradoxically non-palatial and plenty of nobility, makes us analyze the sacred texts and ourselves. And let this be done through a feminine hermeneutics which, applied to the text, reverts in our daily relationships, so that there may be more affection and acceptance, in our own life.