Este artigo busca discutir a possibilidade da Economia Solidária como uma proposta de emancipação e de consolidação como Espaço da Resistência. A partir da análise de Carolina Herrmann, inspirada em Lefebvre e no conceito de Doxa de Pierre Bourdieu, será feito uma tentativa de aproximação do movimento da Economia Solidária, em especial no Brasil, com o conceito criado pela autora. A partir de uma análise do contexto contemporâneo da política neoliberal, será feito uma tentativa de perceber na Economia Popular e Solidária uma proposta de emancipação por constituir uma frente de pensamento fora da doxa. Isso mostra que a Economia Solidária, em alguns aspectos, se insere na resistência contemporânea e também nas críticas ao contexto político neoliberal. Esta análise traz contribuições para a compreensão do movimento da Economia Solidária como uma alternativa ao sistema vigente e abre espaço para maiores questionamentos posteriores.