Este artigo analisa a Epístula 173 escrita por Agostinho de Hipona para o presbítero donatista Donato de Mutugenna, após o collatio de Cartago em 411. O texto centra a sua atenção para o conceito de potestas usado pelo bispo católico como parte do seu argumento para justificar a repressão aos dissidentes do catolicismo. Revela-se na carta uma teologia da história, que distingue entre os primórdios da Igreja, que se caracteriza por uma atitude irência para com os de fora, e o tempo presente, no qual a Igreja, amparada pelo Império, possui poder que pode e deve ser usado para forçar os dissidentes a entrar na Igreja católica.
This paper analyzes Epistle 173 written by Augustine of Hippo to the donatist priest Donato de Mutugenna, after the collatio of Carthage in 411. The text centers its attention to the concept of potestas used by the Catholic bishop as part of its argument to justify the repression of Catholic dissidents. The letter reveals a theology of history, which distinguishes between the beginnings of the Church, which is characterized by an irenic attitude towards outsiders, and the present time, in which the Church, supported by the Empire, has power that can and must be used to enforce dissidents into the Catholic Church.