Uma Transição Pós-Colonial? Aproximações do discurso do Movimento das Forças Armadas (MFA) de Portugal aos movimentos de libertação colonial

Espacialidades

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ISSN: ISSN: 1984-817X
Editor Chefe: Lígio José de Oliveira Maia
Início Publicação: 30/11/2008
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História

Uma Transição Pós-Colonial? Aproximações do discurso do Movimento das Forças Armadas (MFA) de Portugal aos movimentos de libertação colonial

Ano: 2019 | Volume: 15 | Número: 1
Autores: P. Almada
Autor Correspondente: P. Amada | [email protected]

Palavras-chave: imperialismo, pós-colonialismo, salazarismo, movimentos de libertação colonial, movimento das forças armadas.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo concebe uma leitura da influência dos movimentos de libertação colonial na África no discurso político da Revolução do 25 de Abril (1974). Para isso, será problematizada a relação entre a tradição crítica revolucionária e o colonialismo, observando a novidade que se erigia, nesse âmbito, acerca da capacidade das lutas sociais em contexto colonial. O argumento principal reposiciona a participação dos agentes na derrocada do colonialismo salazarista, em termos de uma relação anticolonial dos movimentos de libertação, os quais apresentaram reflexos duais, no centro e nas ex-colônias, um elo essencial para se compreender como as dinâmicas políticas pós-coloniais foram responsáveis pela abertura democrática portuguesa.



Resumo Inglês:

The article conceives a reading of the influence of colonial liberation movements in Africa on the political discourse of the Portuguese Revolution of 25 April 1974. For this, the relationship between the revolutionary critical tradition and colonialism will be problematized, observing the novelty that arose in this context about the capacity of social struggles in a colonial context. The main argument repositions the participation of the agents in the collapse of the salazarism and colonialism, in terms of an anticolonial relationship of the liberation movements, which presented dual reflexes, in the metropolitan centre and in the former colonies, an essential link to understand how post-colonial political dynamics were responsible for the Portuguese democratic opening.