Neste artigo, apresento reflexões metodológicas resultantes de minha pesquisa de doutorado sobre políticas para a primeira infância na Argentina. Com base na identificação da crescente centralidade da primeira infância como um eixo de proteção social, investigo como abordar os discursos institucionais e de especialistas que moldam os contornos de uma agenda pública, cristalizando evidências e boas práticas para a gestão de políticas e, em segundo plano, sedimentando e legitimando noções sobre crianças, seus cuidados e suas necessidades. Para abordar os caminhos e as práticas por meio dos quais os discursos subjacentes às políticas são produzidos, circulados e reformulados, optei pelo que chamo de etnografia interescalar. Nessa opção metodológica, o Plano Nacional pela Primeira Infância funcionou como um prisma complexo de investigação e como um organizador da estratégia narrativa, cuja análise exigiu uma abordagem de diferentes escalas contextuais.
In this article, I present methodological insights from my doctoral research on early childhood policies in Argentina. Based on identifying the growing centrality of early childhood as an axis of social protection, I consider how to address institutional and expert discourses that shape the contours of a public agenda, crystallizing evidence and good practices for policy management and, in the background, sedimenting and legitimizing notions about children, their care and their needs. In order to address the paths and practices through which the discourses underlying policies are produced, circulated and reframed, I opted for what I call an interscalar ethnography. In this methodological option, the National Early Childhood Plan worked as a complex prism of inquiry and as an organizer of the narrative strategy, whose analysis required an approach from different contextual scales.
En este artículo, presento reflexiones metodológicas emergentes de mi investigación doctoral sobre políticas para la primera infancia en Argentina. A partir de identificar la creciente centralidad de la primera infancia como un eje de la protección social, indago en cómo abordar discursos institucionales y expertos que moldean los contornos de una agenda pública, cristalizando evidencias y buenas prácticas para la gestión de políticas y, de fondo, sedimentando y legitimando nociones acerca de lo infantil, su cuidado y sus necesidades. A los fines de abordar los caminos y las prácticas a través de los que se producen, circulan y se reencuadran los discursos que subyacen a las políticas, opté por lo que denomino una etnografía interescalar. En esta opción metodológica, el Plan Nacional de Primera Infancia funcionó como un prisma complejo de indagación y como organizador de la estrategia narrativa, cuyo análisis requirió un abordaje desde distintas escalas contextuales.