No contexto científico a plasticidade e a epigênese tornaram- se dois dos conceitos mais significativos do nosso tempo. O primeiro, deslocado de seu contexto original, que é a estética, continua a revelar o seu potencial filosófico, científico e epistemológico. No pensamento de Catherine Malabou, a plasticidade passou por uma verdadeira metamorfose conceitual - da plasticidade da temporalidade à plasticidade cerebral - , o qual se refere à capacidade de receber e dar forma. Ao mesmo tempo, o“explosivo plástico” é uma substância que causa deflagrações violentas. No primeiro caso, a plasticidade tem um valor positivo, concebida como uma espécie de obra “escultórica” biológica. A plasticidade estrutura a identidade, constitui a sua história, a sua temporalidade e o devir de uma subjetividade viva. No segundo caso, a plasticidade é uma pura negação. Ninguém imaginaria o conceito “plasticidade cerebral” como o trabalho radical do negativoem ação nas lesões cerebrais, mas deformação ou ruptura de conexões neuronais, nos distúrbios mentais, na estruturação que ocorre nos seres vivos, nos vários traumas, nas catástrofes naturais e políticas nas doenças neurodegenerativas. Em sua evolução teórica, aplasticidade será articulada em estreita relação com o desenvolvimento neuronal. A neuroplasticidade, como conceito científico, permite estabelecer uma ancoragem biológicaà questão da formação e da deconstrução da subjetividade e da temporalidade. Nesse sentido, a plasticidade não é o simples reflexo do mundo, mas é o resultado de uma instância biológica conflitante que revela a forma de outro mundo possível. Por um certo lado, o desenvolvimento de um pensamento dialético no campo neuronal,concebido como um desenvolvimento neuroplástico, nos permite sair da estreita alternativa entre reducionismo eanti-reducionismo, o qual sempre representou o limite teórico da filosofia ocidental nos últimos anos. Do outro lado, é possível concebe o caráter transcendental do pensamento totalmente ligado à sua materialidade. A noção de epigênese, nesse caso, afirma-se como uma “nova forma de transcendental”. Como figura biológica, a epigênese se apresenta comoa condição de possibilidade do conhecimento e da racionalidade, revelando assim sua característica a priori. Por meio das noções de plasticidade e epigênese, atemporalidade pode ser investigada em estreita conexão com a vida, com o desenvolvimento orgânico do ser vivo, alèm de nos permitir uma nova visão da subjetividade.
Nel contesto scientifico la plasticità e l’epigenesi sono divenuti due dei concetti più pregnanti del nostro tempo. Il primo, dislocato dal suo ambito originario, cioè l’estetica, continua a rivelare il suo potenziale filosofico, scientifico ed epistemologico. Nel pensiero di Catherine Malabou, la plasticità ha subito una vera e propria metamorfosi concettuale – dalla plasticità della temporalità alla plasticità cerebrale –, riferendosi alla capacità di ricevere e dare una forma. Allo stesso tempo, la “bomba al plastico” è una sostanza che provoca violentissime deflagrazioni. Nel primo caso, la plasticità ha una valenza positiva, venendo concepita come una sorta di lavoro “scultoreo” in senso biologico. La plasticità struttura l’identità, costituisce la sua storia, la temporalità e l’avvenire di una soggettività vivente. Nel secondo, la plasticità è una pura negazione. Nessuno pensa alla “plasticità cerebrale” come il lavoro radicale del negativo all’opera nelle lesioni cerebrali, nella deformazione o nella rottura delle connessioni neuronali, nelle sofferenze psichiche, nelle strutturazioni che avvengono nel vivente, nei traumi vari, nelle catastrofi naturali e politiche, nelle malattie neurodegenerative. Nella sua evoluzione teorica la plasticità verrà articolata in stretta relazione con lo sviluppo neuronale. La neuroplasticità, come concetto scientifico, ci consente di stabilire un ancoraggio biologico alla questione della formazione e decostruzione della soggettività e della temporalità. In questo senso, la plasticità non è il semplice riflesso del mondo, ma è frutto di un’istanza biologica conflittuale che rivela la forma di un altro mondo possibile. Da un lato, l’elaborazione di un pensiero dialettico in ambito neuronale, inteso come sviluppo neuroplastico, ci permette di uscire dalla stretta alternativa tra riduzionismo e antiriduzionismo, la quale è sempre rappresento il limite teorico della filosofia occidentale degli ultimi anni. Dall'altro, è possibile assumere il carattere trascendentale del pensiero totalmente connessa alla sua materialità. La nozione di epigenesi, in questo caso, si afferma come una “nuova forma di trascendentale”. Come figura biologica l’epigenesi si pone come condizione di possibilità della conoscenza e della razionalità rivelando, pertanto, la sua caratteristica a priori. Per mezzo delle nozioni di plasticità ed epigenesi il tempo può essere indagato in stretta connessione con la vita, con lo sviluppo organico del vivente, oltre che a permetterci una nuova visione della soggettività.