Uso de torta de mamona como fertilizante orgânico

Pesquisa Agropecuaria Tropical

Endereço:
REVISTA PAT, ESCOLA DE AGRONOMIA E ENGENHARIA DE ALIMENTOS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIAS - UFG
GOIANIA / GO
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Telefone: (62) 3521-1552
ISSN: 1983-4063
Editor Chefe: Alexsander Seleguini
Início Publicação: 31/12/1970
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Agronomia

Uso de torta de mamona como fertilizante orgânico

Ano: 2012 | Volume: 42 | Número: 1
Autores: Samuel de Deus da Silva, Rafael Antônio Presotto, Helen Botelho Marota, Everaldo Zonta
Autor Correspondente: Samuel de Deus da Silva | [email protected]

Palavras-chave: Ricinus communis L., sódio, biocombustíveis, nutrientes minerais.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A torta de mamona é um resíduo da produção de
biodiesel, que apresenta grande potencial como fertilizante
orgânico, mas, também, teores de sódio em sua constituição,
em decorrência do uso de NaOH, como catalisador da reação de
transesterificação, para produzir o biodiesel. O objetivo do estudo
foi avaliar o potencial de uso da torta de mamona resultante
da produção de biodiesel direto da semente como fertilizante
orgânico, no cultivo de mamoneira (Ricinus communis L.). A
torta foi lavada com água, na relação 1:4 (m/v), com a finalidade
de reduzir os teores de sódio. Avaliou-se a altura de plantas,
massa fresca e seca da parte aérea, teores totais de nutrientes
na raiz e na parte aérea, além dos elementos residuais após o
cultivo. O estudo foi realizado na Universidade Federal Rural
do Rio de Janeiro, em Seropédica (RJ). Utilizou-se a cultivar
Al Guarani, cultivada em casa-de-vegetação, durante 70 dias,
em substrato de Cambissolo proveniente da Chapada do Apodi
(RN), e delineamento de blocos casualizados, em arranjo fatorial
6x2 (seis doses de torta: 0 Mg ha-1, 5 Mg ha-1, 10 Mg ha-1,
20 Mg ha-1, 40 Mg ha-1 e 80 Mg ha-1; e dois estados da torta:
in natura e tratada), com três repetições. Os teores de sódio
presentes na torta não são prejudiciais às plantas de mamona, a
curto prazo. No geral, a maior dose de torta de mamona in natura
ou tratada, equivalente a 80 Mg ha-1, promoveu maior liberação
de nutrientes ao solo.



Resumo Inglês:

The castor bean cake is a residue from the biodiesel
production, which has a great potential as organic fertilizer, but it
also presents sodium contents in its constitution, as a result of the
use of NaOH, as a catalyst for the transesterification reaction, to
produce biodiesel. This study aimed to evaluate the potential use
of castor bean cake resulting from biodiesel produced directly from
seeds as an organic fertilizer in the cultivation of castor bean (Ricinus
communis L.). The cake was washed with water, in the 1:4 (m/v)
ratio, in order to reduce sodium contents. Plant height, fresh and
dry shoot weight, and total shoot and root nutrients contents were
evaluated, in addition to residual elements after cultivation. The
study was carried out in the Universidade Federal Rural do Rio de
Janeiro, in Seropédica, Rio de Janeiro State, Brazil. The Al Guarani
cultivar, grown in a greenhouse, for 70 days, in an Inseptisol substrate
from Chapada do Apodi, Rio Grande do Norte State, Brazil, was
evaluated in a randomized blocks design, in a 6x2 factorial scheme
(six cake doses: 0 Mg ha-1, 5 Mg ha-1, 10 Mg ha-1, 20 Mg ha-1,
40 Mg ha-1, and 80 Mg ha-1; and two cake states: in natura and
treated), with three replications. The sodium contents present in the
cake are not harmful to castor bean plants at short term. In general,
the highest dose of in natura or treated castor bean cake, equivalent
to 80 Mg ha-1, promoted the highest nutrients release into the soil.