Objetivo: Avaliar o uso do braile, de forma isolada ou conjunta, como método de educação em saúde bucal para pacientes com deficiência visual. Métodos: Uma estratégia de busca foi realizada em 6 bases de dados e na literatura cinzenta resgatando os estudos publicados até fevereiro de 2021. Seguindo o acrônimo PICOS, foram considerados elegíveis estudos clínicos controlados e randomizados (S) que avaliassem pessoas com deficiência visual (P), que receberam instrução de higiene oral co m métodos educativos contendo braile de forma isolada ou conjunta (I), comparados a métodos educativos sem braile (C), e avaliaram sua influência em índices de higiene oral (O). O risco de viés dos estudos considerados elegíveis foi avaliado através da ferramenta ROB.2 e meta analises foram realizadas para compar os diferentes métodos em relação ao índice gengival e de placa. A certeza da evidência foi avaliada (GRADE). Resultados: No total, 9 artigos foram incluídos na presente revisão e 5 na meta análise. Todos os estudos foram classificados como ‘alguma preocupação’ em relação ao risco de viés. O braile, quando utilizado de forma isolada, mostra -se inferior aos demais métodos (p<0,05); quando usado associado ao áudio ou áudio tátil performance (ATP) mostra-se semelhante ao ATP (p>0,05), e quando implementado juntamente com o ATP, mostra-se superior a técnicas sem braile(p<0,05). A certeza da evidência variou de muito baixa a moderada. Conclusão: O braile utilizado de forma isolada apresentou-se menos eficiente, enquanto métodos multissensoriais, incluindo o braile e ATP, são mais eficientes quando comparados a métodos de educação em saúde bucal sem braile.
Objective: To evaluate the use of Braille, alone or combined, as a method of oral health education for patients with visual impairment. Methods: A search strategy was performed in 6 databases and gray literature, and studies published until February 2021 were retrieved. Following the acronym PICOS, randomized controlled clinical trials (S) that evaluated people with visual impairment (P) who received oral hygiene instruction with educational methods containing braille alone or combined (I) compared to educational methods without Braille (C) and evaluated its influence on oral hygiene indices (O) were considered eligible. The risk of bias of studies considered eligiblew was assessed using the ROB.2 tool and meta-analyses were performed to compare the different methods in relation to plaque and gingival index. The certainty of the evidence was assessed (GRADE). Results: Nine articles were included in this review and five in the meta-analysis. All studies were classified as ‘some concern’ regarding the risk of bias. Braille, when used isolated, is inferior to other methods (p<0,05); when used in association with audio or audio-tactile-performance (ATP) it is similar to ATP (p>0,05), and when implemented together with ATP, it is superior to techniques without Braille (p<0,05). The certainty of the evidence ranged from very low to moderate. Conclusion: Multisensory methods including Braille and ATP are more efficient, while Braille used alone is less efficient, when both are compared to oral health education methods without Braille.