Usos do mas no gerenciamento da conversa: foco, pressuposição e contrafactualidade

Signo

Endereço:
Av. Independência, 2293
Santa Cruz do Sul / RS
Site: http://online.unisc.br/seer/index.php/signo
Telefone: (51) 3717-7322
ISSN: 19822014
Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 31/12/1974
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras

Usos do mas no gerenciamento da conversa: foco, pressuposição e contrafactualidade

Ano: 2014 | Volume: 39 | Número: 67
Autores: N. A. Velozo, S. Bernardo
Autor Correspondente: S. Bernardo | [email protected]

Palavras-chave: mas, espaços mentais, foco, pressuposição, contrafactualidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Análise de ocorrências do conector mas em uma sessão de mediação, etapa de um processo judicial, com vistas a testar hipóteses acerca das configurações de espaços mentais ativadas pelo uso do conector na conversa. Com base nos estudos acerca da linguagem como um Modelo Baseado no Uso (TOMASELLO, 2003a[1999]; FERRARI, 2011), na Teoria dos Espaços Mentais (FAUCONNIER, 1997) e no conceito de pressuposição, postula-se que o conector mas seja um construtor de espaços mentais que atua no gerenciamento discursivo cancelando implicaturas ou possibilitando a flutuação de pressuposições entre espaços; admite-se também que esse crie espaços contrafactuais; e ainda que seja responsável pelo deslocamento do foco de atenção entre os espaços de uma rede discursiva.



Resumo Inglês:

Occurrences’ analysis of connector “mas” in a mediation session, a judicial process step, in order to test hypotheses about the settings of mental spaces activated by the use of the connector in the conversation. Based on the studies on language as a Usage-based Theory (TOMASELLO, 2003a [1999]; FERRARI, 2011), the Theory of Mental Spaces (FAUCONNIER, 1997) and the concept of presupposition, it is
postulated that the “mas” connector is a builder of mental spaces that operates in the discursive management canceling implicatures or enabling assumption fluctuations between spaces; it is assumed that this also create counterfactual spaces; and is still responsible for the focus’ attention shift between spaces of a discursive network.