Segundo os historiadores, a Contabilidade, nos seus primórdios, apoiou-se fortemente no controle das finanças pessoais. Porém, um fato que trouxe nova perspectiva a este tema é a insaciável vontade dos poderes públicos em arrecadar impostos. Em decorrência disto, acredita-se que, possivelmente, no futuro venha a existir a obrigatoriedade de elaborar as demonstrações contábeis da pessoa física para entregá-Ias ao governo, a exemplo do que já ocorre nas empresas. No entanto, as técnicas fornecidas estão voltadas exclusivamente para as entidades, deixando de ser explorado o gerenciamento do patrimônio individual. A literatura contábil não possui livros que contenham demonstrações específicas para pessoa física e, talvez por isso, as pessoas estejam com dificuldades em administrar seus recursos. As inovações do mercado, bem como as facilidades de crédito e a mais importante das razões, a vida agitada, não permitem o devido controle das finanças individuais. Logo, em decorrência da visão limitada sobre o potencial contributivo da Contabilidade, este se constitui em um campo ainda pouco explorado. Identificar as razões que levam a esta situação bem como a existência ou não de interesse constitui-se no desafio maior deste artigo.