Durante quase dois séculos (XVIII e XX) as salas de aula apresentaram a mesma configuração: espaços fechados, disposição massiva de alunos e professores, critérios de distribuição etária, instrução simultânea, monopólio dos professores na transmissão do conhecimento escolar, método único de ensino, avaliação individual dos estudantes. Vivemos um tempo de rupturas e transformações das instituiçõeseducativas, da lógica sob a qual se entendia a ligação entre sujeitos, informação e conhecimento. Estamos numa metamorfose que altera os modos de produção e circulação do conhecimento e os atores envolvidos. As Novas Tecnologias de Informação e Conectividade impactam a construção de subjetividades e modos de interação social. Nas instituições de ensino, estes processos adquirem particular relevância, dado que tornam visíveis as transformações socioculturais vividas tanto pelos alunos como pelos educadores, marcando profundas lacunas geracionais e novos modos de criação e circulação de conhecimento.