O teste funcional Timed Up and Go (TUG) é amplamente utilizado para avaliar o risco de queda, através do equilíbrio e mobilidade, por ser de fácil aplicação e boa reprodutibilidade na prática clínica. Porém, o TUG ainda possui algumas limitações, pois se concentra no tempo total em que o teste é realizado. Uma proposta de avaliação é através da utilização de sensores inerciais, baseados na tecnologia de sistemas microeletromecânicos, e vem sendo muito utilizados para análise do movimento humano. Logo, o objetivo desse estudo foi realizar uma revisão narrativa sobre o uso dos sensores inerciais nas medidas temporais e cinemáticas do TUG e suas subfases. Metodologia: Essa revisão narrativa foi realizada nas bases de dados PubMed, CENTRAL, BVS e PEDro, por meio do vocabulário MeSH entre o período de maio a junho de 2020. Os critérios de inclusão foram estudos que utilizaram sensores inerciais para avaliação de medidas temporais e cinemáticas do TUG e suas subfases. Resultados: Foram incluídos 11 artigos de um total de 2305 achados. Desses, 5 utilizaram os sensores de smartphones. Não houve padronização em relação à quantidade utilizada, nem à fixação e posicionamento. Os sensores conseguiram mostrar diferenças no TUG e suas subfases nas medidas temporais e cinemáticas nos diferentes grupos avaliados. Considerações Finais: Sensores inerciais são capazes de avaliar medidas temporais e cinemáticas do TUG e de suas subfases, mostrando serem ferramentas confiáveis. Entretanto, mesmo obtendo resultados satisfatórios, necessita-se de mais estudos abrangendo uma população maior.
The Timed Up and Go (TUG) functional test is widely used to assess the risk of falling through balance and mobility since it is easy to apply and presents good reproducibility in clinical practice. However, the TUG test still has some limitations, as it focuses on the total time the test is performed. A proposal for evaluation is the use of inertial sensors, based on the microelectromechanical system technology, which has been widely used for the analysis of human movement. Therefore, the objective of this study was to carry out a narrative review on the use of inertial sensors in the temporal and kinematic measurements of TUG and its subphases. Methodology: This narrative review was carried out in the PubMed, CENTRAL, BVS, and PEDro databases using the MeSH vocabulary between the period of May to June 2020. The inclusion criteria were studies using inertial sensors to evaluate temporal and kinematic measurements of the TUG and its subphases. Results: A total of 11 articles were selected from 2305 hits. From these, five (5) used smartphone sensors. There was no standardization regarding the quantity used, nor their fixation and positioning. The sensors were able to show differences in the TUG and its subphases in the temporal and kinematic measurements in the different groups evaluated. Final Considerations: Inertial sensors are capable of evaluating temporal and kinematic measurements of the TUG and its subphases, showing that they are reliable tools. Nevertheless, although satisfactory results were obtained, further studies are needed covering a larger population.