As teorias procuram explicar de forma sistemática fatos e acontecimentos,
permitindo resumir o conhecimento e favorecer a manutenção ou
modificação do entendimento das práticas organizacionais. O objetivo
deste artigo é levantar e analisar a base teórica nas publicações cientÃficas
voltadas à explicação de fenômenos organizacionais, de modo a
identificar a utilização - ou não - de teorias em Estudos Organizacionais,
bem como analisar os aspectos metodológicos adotados. Para tanto, foi
realizado um levantamento bibliográfico dos cento e cinquenta artigos
acadêmicos apresentados no Encontro Nacional dos Programas de PósGraduação em Administração (EnANPAD), no perÃodo de 2005 a 2008.
Os dados e teorias identificados foram tabulados, classificados e
analisados. Constatou-se que mais da metade dos artigos (54,7%) utilizam
teorias. Houve um predomÃnio de utilização da Teoria Institucional
(24,1%), seguida da Teoria da Estruturação (7,8%), Teoria das
Representações Sociais (4,3%), Teoria CrÃtica (3,4%), Teoria da Agência
(3,4%) e Teoria dos Custos de Transação (3,4%). Logo, percebe-se a falta
de inserção do Brasil como desenvolvedor de teorias, ou seja, há mais
uma replicação de teorias consolidadas internacionalmente, do que
propriamente inovação teórica no contexto brasileiro. Ademais,
prevaleceram a produção em coautoria, a estratégia de pesquisa
qualitativa e a natureza empÃrica.