Valeska Gert e Marcelo Evelin: Morrer em dança

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ISSN: 1414.5731
Editor Chefe: Vera Regina Martins Collaço
Início Publicação: 01/08/1997
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Artes

Valeska Gert e Marcelo Evelin: Morrer em dança

Ano: 2020 | Volume: 3 | Número: 39
Autores: Volmir Gionei Cordeiro
Autor Correspondente: Volmir Gionei Cordeiro | [email protected]

Palavras-chave: Morte, dança, vida, Valeska Gert, Marcelo Evelin, batucada, arte política

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A política é inteiramente ativa na construção das relações entre o poder e a morte, e toma medidas diárias que decidem como morremos, quem morre, quando e por quais razões. Antes e para além do Covid-19, o poder político se apropria da morte para fazê-la objeto da sua gestão e isso é decisivo na condução das nossas vidas. Mas como a dança politiza as relações entre vida, poder, corpo e morte? Através de quais procedimentos estéticos a dança aborda um corpo político e transforma o olhar sobre o que é uma vida e como reconhecê-la? A partir de duas cenas - uma da cabaretista alemã Valeska Gert, no seu solo Morte (1925), e outra do coreógrafo brasileiro Marcelo Evelin, Batucada (2014) - o presente artigo destaca algumas contribuições da dança para a reflexão dos mecanismos sociais produtores da vida e reconhecedores do que torna um corpo vivo.



Resumo Inglês:

Politics is entirely active in the construction of relations between power and death and continuously takes action that determine how we die, who dies, when and for which reasons. Before and beyond Covid-19, political power appropriates death to make it an object of its management, determining the course of our lives. But how does dance politicize the relationships between life, power, body and death? Through which aesthetic procedures does dance approach a political body and transform the view of what life is and how to recognize it? Based on two scenes - one by the German cabaretist Valeska Gert, in her solo Death (1925), and another by the Brazilian choreographer Marcelo Evelin, Batucada (2014) - this article highlights some contributions of dance to the reflection of the social mechanisms that produce life and that recognize what makes a body alive.



Resumo Francês:

La politique est entièrement active dans la construction des relations entre le pouvoir et la mort, et prend des mesures en permanence qui décident sur comment on meurt, qui meurt, quand et pour quelles raisons. Avant et au-delà du Covid-19, le pouvoir politique s'approprie de la mort pour en faire l'objet de sa gestion, et cela est déterminant dans la conduite de nos vies. Mais comment la danse politise les relations entre vie, pouvoir, corps et mort? À travers quelles procédures esthétiques la danse devient capable d'aborder un corps politique et de transformer le regard sur ce qui est une vie et comment la reconnaître? C'est à partir de deux scènes - l'une de la cabarettiste allemande Valeska Gert, dans son solo Mort (1925), et l'autre du chorégraphe brésilien Marcelo Evelin, Batucada (2014) - que ce texte s'engage à préciser certaines contributions de la danse pour la réflexion autour de mécanismes sociaux producteurs de vie et de la reconnaissance de ce qui fait un corps vivant.