Validade e confi abilidade de medidas clínicas para avaliação da rigidez passiva da articulação do tornozelo

Revista Brasileira De Fisioterapia

Endereço:
RODOVIA WASHINGTON LUíS, KM 235 CAIXA POSTAL 676
São Carlos / SP
13565905
Site: http://www.rbf-bjpt.org.br/
Telefone: (16) 3351-8755
ISSN: 14133555
Editor Chefe: 11
Início Publicação: 29/02/1996
Periodicidade: Bimestral

Validade e confi abilidade de medidas clínicas para avaliação da rigidez passiva da articulação do tornozelo

Ano: 2011 | Volume: 15 | Número: 2
Autores: Vanessa L. Araújo, Viviane O. C. Carvalhais, Thales R. Souza, Juliana M. Ocarino, Gabriela G. P. Gonçalves, Sérgio T. Fonseca
Autor Correspondente: Sérgio T Fonseca | [email protected]

Palavras-chave: rigidez passiva, teste clínico, tornozelo, validade dos testes, reprodutibilidade dos resultados

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Contextualização: Níveis inadequados de rigidez passiva do tornozelo têm sido associados à ocorrência de disfunções de movimento,
ao desenvolvimento de patologias e à redução no desempenho em atividades como marcha, corrida e salto. Testes clínicos para
investigar a rigidez dessa articulação podem ser úteis no processo de avaliação fisioterápica. Objetivos: Investigar a validade
concorrente e as confiabilidades intra e interexaminadores de medidas clínicas para avaliação da rigidez passiva do tornozelo durante
o movimento de dorsiflexão. Métodos: Quinze voluntários saudáveis foram submetidos a avaliações teste-reteste do tornozelo por dois
examinadores. Duas medidas clínicas foram realizadas: “posição de primeira resistência detectável” e “mudança do torque passivo de
resistência”. Os resultados desses testes foram comparados à medida da rigidez passiva realizada com um dinamômetro isocinético,
no qual a atividade eletromiográfica dos músculos foi monitorada para garantir que o teste fosse realizado passivamente (medida
padrão-ouro). Resultados: Os Coeficientes de Pearson variaram de r=-0,81 a -0,88 (p<0,001) para a correlação entre a medida
da rigidez com o dinamômetro isocinético e os resultados da medida “posição de primeira resistência detectável”. Para a medida
“mudança do torque passivo de resistência”, esses coeficientes variaram de r=0,72 a 0,83 (p<0,004). Os Coeficientes de Correlação
Intraclasse (CCIs) obtidos para as confiabilidades intra e interexaminadores variaram de 0,75 a 0,98. Conclusão: Os testes propostos
apresentaram validade e confiabilidades satisfatórias para serem utilizados na prática clínica.



Resumo Inglês:

Background: The presence of inadequate levels of passive ankle stiffness have been associated with the occurrence of movement
disorders, the development of pathological conditions and the reduction in the performance of functional activities such as walking,
running and jumping. Therefore, clinical tests to evaluate ankle stiffness may be useful for the physical therapy assessment. Objectives:
To investigate the concurrent validity and the intra- and inter-examiner reliability of clinical measures developed to assess passive
stiffness of the ankle joint during dorsiflexion movement. Methods: Fifteen healthy participants underwent to test-retest evaluations of
their ankles by two examiners. Two clinical measures were performed: ‘position of first detectable resistance’ and ‘change in passive
resistance torque’. The results of these tests were compared to the passive stiffness measured with an isokinetic dynamometer, in
which the electromyography activity of specific muscles was monitored to ensure that the test was performed passively (gold standard
measure). Results: Pearson correlation coefficients ranged from r=-0.81 to -0.88 (p<0.001) for the correlation between the passive ankle
stiffness measured with the isokinetic dynamometer and the results of the clinical measure ‘position of the first detectable resistance’.
For the measure of ‘change in passive resistance torque’, these coefficients ranged from r=0.72 to 0.83 (p<0.004). The Intraclass
Correlation Coefficients (ICCs) for the intra- and inter-examiner reliability ranged from 0.75 to 0.98. Conclusion: The clinical measures
presented satisfactory validity and reliability to be used in clinical practice.