Os conflitos socioambientais, se não manejados da forma adequada e no momento certo,
podem gerar custos sociais e ambientais irreversÃveis. Este trabalho analisa as vantagens
e os limites da aplicação da metodologia de facilitação, utilizando-se de um estudo
de caso: o conflito envolvendo uma comunidade de produtores rurais e uma empresa
florestal multinacional no norte de Minas Gerais. Alguns objetivos da facilitação foram
alcançados, sobretudo a mudança da percepção do conflito pelos atores, o reconhecimento
entre eles e uma maior disponibilidade ao diálogo. Contudo, a relação entre os
atores não evoluiu o suficiente para a composição de um espaço de diálogo. Três fatores
demonstraram-se relevantes na facilitação: a temporalidade, os recursos disponÃveis e
a resistência por parte dos atores. ConcluÃmos que é possÃvel construir uma relação de
acordos positivos, desde que haja uma instituição facilitadora de confiança entre os atores,
um ambiente de predisposição ao diálogo e disponibilidade de tempo.