Este artigo tem por objeto a economia e as controvérsias sobre a política econômica do segundo governo Getúlio Vargas (1951-1954) e do governo João Goulart (1961-1964), bem como seus respectivos significados históricos. Apesar das diferenças conjunturais quando da posse de Goulart na Presidência da República, sabe-se que ela não diferia em grandes traços do contexto econômico em que Vargas reassumiu o governo, em 1951: inflação crescente e tendência de desaceleração das taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), às quais se somaram, ao longo do mandato, ao agravamento da situação das contas externas, com déficit no balanço de pagamentos e dificuldades para atração de capitais externos. Guardadas as diferenças, ambos os governos tiveram desfechos trágicos, com consequências políticas e sociais negativas. Partindo das diferentes interpretações acerca da política econômica ao longo desses períodos, refuta-se, assim, a hipótese de que tanto Vargas quanto Goulart se enquadrem no conceito de populismo econômico consagrado pela literatura
This article deals with the economics and controversies on the economic policy of the second Getúlio Vargas administration (1951-1954) and the João Goulart administration (1961-1964), as well as their respective historical meanings. Despite conjunctural differences when Goulart took office as President, it is known that it did not differ greatly from the economic context in which Vargas resumed his government in 1951: rising inflation and a slowing trend in GDP growth rates. Gross Domestic Product (GDP), which, along with the mandate, added to the worsening external accounts situation, with a balance of payments deficit and difficulties in attracting external capital. In spite of the differences, both governments had tragic outcomes, with negative political and social consequences. Based on the various interpretations of the economic policy throughout these periods, the hypothesis that both Vargas and Goulart fit into the concept of economic populism, established in the literature, is refuted.
Este artículo tiene como objeto la economía y las controversias acerca de la política económica del segundo gobierno de Getúlio Vargas (1951-1954) y del gobierno de João Goulart (1961-1964), así como sus respectivos significados históricos. A pesar de las diferencias coyunturales cuando Goulart asumió el cargo de Presidente, se sabe que Goulart no difería mucho del contexto económico en el que Vargas reanudó su gobierno en 1951: aumento de la inflación y una tendencia a la desaceleración de las tasas de crecimiento del PIB. Producto Interno Bruto (PIB), que, junto con el mandato, contribuyó al empeoramiento de la situación de las cuentas externas, con un déficit en la balanza de pagos y dificultades para atraer capital externo. A pesar de las diferencias, ambos gobiernos tuvieron resultados trágicos, con consecuencias políticas y sociales negativas. A partir de las diferentes interpretaciones sobre la política económica a lo largo de estos períodos, se refuta la hipótesis de que tanto Vargas como Goulart se ajustan al concepto de populismo económico consagrado por la literatura
Cet article traite de l’économie et des controverses sur la politique économique du deuxième gouvernement de Getúlio Vargas (1951-1954) et du gouvernement de João Goulart (1961-1964), ainsi que de leurs significations historiques respectives. Malgré les différences conjoncturelles lorsque Goulart a pris ses fonctions de président, on sait qu’il ne différait pas beaucoup du contexte économique dans lequel Vargas a repris son gouvernement en 1951: hausse de l’inflation et ralentissement de la croissance du PIB. Le produit intérieur brut (PIB), qui, avec le mandat, a aggravé la détérioration de la situation des comptes extérieurs, avec un déficit de la balance des paiements et des difficultés à attirer des capitaux extérieurs. Malgré les différences, les deux gouvernements ont eu des résultats tragiques, avec des conséquences politiques et sociales négatives. Sur la base des différentes interprétations de la politique économique au cours de ces périodes, l’hypothèse selon laquelle Vargas et Goulart s’inscrivent dans le concept de populisme économique, consacré par la littérature, est réfutée