O presente artigo tem como objetivo analisar comparativamente o panorama histórico cinematográfico, dos anos 40, no Brasil e na Espanha, considerando o contexto político e suas implicações para as políticas de desenvolvimento da indústria fílmica, nestes países. Busca-se também apontar as possíveis contribuições do governo para as atividades cinematográficas bem como as barreiras impostas pelas políticas de imposições e censura vigentes. A partir de apontamentos de pesquisadores do cinema brasileiro e espanhol, verificam-se significativas similaridades nas políticas de incentivo ou cerceamento das atividades relacionadas à cinematografia, implicando assim no quadro geral das produções, nos países em questão. Os resultados apontam o cinema como um importante instrumento de propaganda dos feitos de Vargas e de Franco, estruturada de forma a reforçar os valores nacionais impostos e cultivados pelo Estado