Desde a década de 1970 inúmeros grupos de pesquisa surgiram no Brasil na área da SociolinguÃstica, buscando investigar a linguagem relacionando-a a fatores sociais que distinguem diferentes comunidades de fala para a desconstrução da ideia de homogeneidade linguÃstica. Muitos dos trabalhos desenvolvidos têm suas bases na sociolinguÃstica variacionista (LABOV, 2008[1972]), para a qual a variação e a mudança são inerentes à s lÃnguas, como um fenômeno cultural motivado por fatores linguÃsticos e extralinguÃsticos. Pretendemos, aqui, retomar os caminhos percorridos pela SociolinguÃstica desde seu inÃcio como ciência, atendo-nos principalmente à corrente variacionista, revisitando seus conceitos-chave e sua metodologia, e apresentar um panorama dos trabalhos desenvolvidos nesta linha de pesquisa no Brasil na atualidade.
Since the 1970s many research groups have emerged in Brazil in the area of Sociolinguistics, seeking to investigate language in relation to social factors that distinguish different speech communities to deconstruct the idea of linguistic homogeneity. Many of the works have been based on variationist sociolinguistics (LABOV, 2008 [1972]), for which variation and change are inherent to languages, i.e., heterogeneous structures are part of the speakers’ linguistic competence, as a cultural phenomenon motivated by linguistic and extralinguistic factors. Our aim, in this article, is to address the paths of Sociolinguistics since its beginning as a science, focusing mainly on the variationist strand, by recalling its key-concepts and methodology, and to present an overview of the research works conducted in Brazil in this field nowadays.