Variação mensal e infecção natural em Lutzomyia umbratilis Ward & Fraiha, 1977, Lutzomyia anduzei Rozeboom, 1942, Lutzomyia flaviscutellata Mangabeira, 1942 e Lutzomyia olmeca nociva Young & Arias, 1982 (Diptera: Psychodidae) por tripanosomatídeos

Revista Pan-Amazônica de Saúde (RPAS)

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ISSN: 2176-6223
Editor Chefe: Isabella M. A. Mateus
Início Publicação: 02/01/2010
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Multidisciplinar

Variação mensal e infecção natural em Lutzomyia umbratilis Ward & Fraiha, 1977, Lutzomyia anduzei Rozeboom, 1942, Lutzomyia flaviscutellata Mangabeira, 1942 e Lutzomyia olmeca nociva Young & Arias, 1982 (Diptera: Psychodidae) por tripanosomatídeos

Ano: 2011 | Volume: 2 | Número: 2
Autores: Luís Henrique Monteiro Gomes, Antonia Maria Ramos Franco
Autor Correspondente: Luís Henrique Monteiro Gomes | [email protected]

Palavras-chave: Insetos Vetores, Estudos de Séries Temporais, Trypanosomatina, Psychodidae, Leishmaniose

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

INTRODUÇÃO: Na área de reserva militar localizada entre os quilômetros 54 e 70 da Rodovia AM-010 (Manaus-Itacoatiara) Amazonas, localizam-se cinco bases de treinamento militares (BIBR, BI1, BI2, BI3 e BI4) onde casos de Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) tem sido notificados.
OBJETIVO: i) Verificar a variação mensal de Lutzomyia umbratilis, L. anduzei, L. flaviscutellata e L. olmeca nociva, incriminadas na transmissão de LTA no Amazonas, além de suas distribuições nas bases de treinamento existentes na reserva militar; ii) avaliar a taxa de infecção natural por tripanosomatídeos em flebótomos nas áreas das bases militares.
MATERIAIS E MÉTODOS: Este estudo foi realizado entre março de 2002 a fevereiro de 2003. Os flebótomos foram capturados utilizando-se armadilhas luminosas do tipo CDC, aspiração em base de árvore e isca animal. O isolamento dos parasitos foi realizado em meio de cultura NNN ágar-sangue e em animais de laboratório susceptíveis (hamster).
RESULTADOS: Foram capturados 11.583 flebótomos, distribuídos em 58 espécies. As quatro espécies de vetores somaram 6.182 (53,3%), sendo L. umbratilis a mais abundante (4.293/69,4%), seguida de L. anduzei (890/14,4%), L. olmeca nociva (668/10,8%) e L. flaviscutellata (331/5,4%) que foi a única espécie coletada em todos meses. A base BI1 apresentou maior número de flebótomos capturados (2.573/47,6%), seguida da BIBR (1.496/27,6%), BI2 (899/16,6%), BI3 (366/6,8%) e BI4 (73/1,4%). Das 821 fêmeas dissecadas, 15 (1,96%) apresentaram infecção natural por tripanosomatídeos, envolvendo apenas a espécie L. umbratilis encontrada naturalmente infectada nas bases BI1 e BIBR. Não foi possível o transporte de animais experimentais para as áreas de coleta (bases militares), o que dificultou o isolamento direto dos flagelados. Não foi realizado o isolamento das formas promastigotas observadas nos tubos digestivos dos insetos, devido à contaminação dos meios de cultivo, impossibilitando a inoculação em animais experimentais.
CONCLUSÃO: A variação mensal das quatro espécies vetoras não se mostrou regular nestas áreas de treinamento e L. umbratilis foi a principal espécie suspeita de transmissão de LTA nesta reserva militar.