VARIABILIDADE ESPACIAL DA VEGETAÇÃO E PRODUÇÃO ANIMAL EM PASTAGEM MONOESPECÍFICA: PROPOSTA DE UM MODELO CONCEITUAL

Revista Brasileira de Agropecuária Sustentável

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ISSN: 2236-9724
Editor Chefe: Rogério de Paula Lana
Início Publicação: 30/06/2011
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Agrárias, Área de Estudo: Agronomia, Área de Estudo: Ecologia, Área de Estudo: Engenharia Agrícola, Área de Estudo: Medicina Veterinária, Área de Estudo: Melhoramento Animal, Área de Estudo: Zootecnia, Área de Estudo: Multidisciplinar

VARIABILIDADE ESPACIAL DA VEGETAÇÃO E PRODUÇÃO ANIMAL EM PASTAGEM MONOESPECÍFICA: PROPOSTA DE UM MODELO CONCEITUAL

Ano: 2011 | Volume: 1 | Número: 1
Autores: M. E. R. Santos
Autor Correspondente: M. E. R. Santos | [email protected]

Palavras-chave: Desempenho animal, estrutura do pasto, grupo morfológico, morfogênese, pastejo, perfilho

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Esse trabalho foi desenvolvido com o objetivo de apresentar um modelo conceitual que considera
a variabilidade espacial da vegetação no pasto monoespecífico como característica determinante da produção primária e secundária no ambiente pastoril. Segundo o modelo, as condições ambientais influenciam a variabilidade espacial da vegetação no pasto. Outros fatores de heterogeneidade também estão presentes na pastagem, tais como o pastejo seletivo, a deposição de fezes e urina e o pisoteio dos ruminantes. Esses fatores fazem com que existam no mesmo pasto diferentes grupos morfológicos, que são plantas ou perfilhos da mesma espécie de planta forrageira, com características morfogênicas e morfológicas distintas. O fluxo de tecidos de cada grupo morfológico é influenciado pelos fatores ambientais, de modo que os perfilhos de cada grupo morfológico possuem características morfogênicas (alongamento de folha e de colmo, aparecimento de folha e tempo de vida da folha) distintas, o que, consequentemente, determina as suas características estruturais (tamanho da folha e do colmo, densidade populacional de perfilho e número de folha viva por perfilho). O somatório das características estruturais de cada grupo morfológico corresponde à estrutura horizontal
ou variabilidade espacial da vegetação no pasto. Esta é sensível às ações antrópicas de manejo do pastejo e da pastagem e altera o microclima no pasto, o que desencadeia modificações na morfogênese dos grupos morfológicos. A estrutura horizontal também influencia o comportamento ingestivo dos ruminantes, o que tem efeitos sobre o consumo de forragem e o desempenho animal. Outro fator que influencia o consumo e, consequentemente, o desempenho animal é o valor nutritivo da forragem, que é resultado da estrutura de cada grupo morfológico existente no pasto. Por outro lado, as características morfogênicas de cada grupo morfológico condicionam o potencial de produção de forragem do pasto e, juntamente com a eficiência de pastejo, determinam a taxa de lotação da pastagem. O desempenho animal, em conjunto com a taxa de lotação, determina a geração de produto animal por unidade de área.



Resumo Inglês:

This work was developed to present a conceptual model that considers the spatial variability
of vegetation in monospecific pasture as defining characteristic of primary and secondary production
in the pastoral environment. According to model, environmental conditions influence the spatial variability of vegetation in pasture. Other factors of heterogeneity are also present in pasture, such as the selective grazing, feces and urine deposition and trampling of ruminants. These factors generate in same pasture different morphological groups, which are plants or tillers of same species of forage crop, with distinct morphological and morphogenesis features. The tissue flow of each morphological group is influenced by environmental factors, so that the tillers of each morphological group have distinct morphogenesis (leaf and stem elongations, leaf emergence and leaf lifespan), and this consequently determines their structural characteristics (leaf and stem sizes, tiller density and live leaf number per tiller). The sum of structural characteristics of each morphological group corresponds to horizontal structure or spatial variability of vegetation in pasture, that is sensitive to anthropogenic grassland management and. The horizontal structure changes the microclimate in pasture, which triggers changes in morphogenesis of morphological groups and also influences the feeding behavior of ruminants, which has effects on forage intake and animal performance. Another factor influencing consumption and, consequently, animal performance is nutritional value of forage, which is the result of structure of each morphological group existing in pasture. Moreover, the morphogenesis of each morphological group influence the production potential of forage in pasture and, along with grazing efficiency, determine the stocking rate of pasture. The animal performance, together with the stocking rate, determines the generation of animal product per unit area.