Aproximadamente um terço das áreas produtoras de feijão no Brasil está localizado em regiões que apresentam solos com alta concentração de alumÃnio e baixa fertilidade. Os sintomas causados pela toxidez do alumÃnio manifestam-se pela inibição da expansão celular das raÃzes seguido pela inibição da divisão celular, provocando o desenvolvimento de raÃzes anatomicamente anormais, prejudicando sua eficiência na absorção de água e nutrientes do solo. O presente estudo teve por objetivo avaliar a reação diferencial de 12 cultivares e de uma linhagem de feijão, pertencentes ao grupo comercial preto, a toxidez de alumÃnio em solução nutritiva, bem como estimar parâmetros genéticos associados ao caráter tolerância. O experimento foi conduzido sob condições de casa-de-vegetação, utilizando o delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições e tratamentos dispostos em esquema fatorial, constituÃdos por 13 genótipos e duas concentrações de alumÃnio, 0 ppm e 10 ppm. Os resultados da análise de variância indicam a presença de considerável variabilidade genética para tolerância à toxidez de alumÃnio e indicam uma resposta diferencial dos genótipos à s diferentes concentrações de alumÃnio. As estimativas dos coeficientes de variação genética, coeficiente de determinação genotÃpico e Ãndice B confirmam que a reação diferencial dos genótipos à toxidez de alumÃnio é decorrente da variabilidade genética existente entre eles. As cultivares que se comportaram como tolerantes poderão ser utilizadas em programas de melhoramento, visando à obtenção de cultivares superiores e indicadas para o cultivo em regiões onde predominam solos com elevada acidez..