A vasectomia consiste em um procedimento em que parte do ducto deferente é ligada e/ou excisada por meio de uma incisão na parte póstero-superior do escroto. Portanto, o líquido ejaculado não contêm espermatozoides, apenas a secreção decorrente das glândulas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais. O ducto deferente começa na cauda do epidídimo, ascende passando medial ao mesmo e atravessa a parede anterior do abdome através do canal inguinal. A pesquisa utilizou um cadáver da Faculdade de Medicina Nova Esperança, após a aprovação da instituição através do Projeto Anatomia Aplicada, conservado em formaldeído 10% e instrumentos cirúrgicos e de dissecação (pinças, bisturis, lâminas, tesouras, entre outros). O Cadáver foi colocado em decúbito dorsal, e o pênis, preso ao abdome; para que tivesse um melhor acesso a face póstero-lateral do escroto. A partir da visualização do polo inferior do escroto e palpação da região imediatamente posterior e superior a este, foi possível definir o local para execução do procedimento. Realizou-se uma incisão de 03 cm, com posterior dissecação das camadas do escroto e demais envoltórios: pele, túnica, dartos, fáscia espermática externa, fáscia cremastérica e músculo cremáster, fáscia espermática interna e a lâmina parietal da túnica vaginal. Com a exteriorização do ducto deferente, foi feita a ressecção de um segmento deste e, em seguida, a sutura de suas extremidades. O presente procedimento não pode ser realizado de acordo com os métodos tradicionais utilizados em cirurgias de esterilização in vivo, pelas condições de enrijecimento do corpo após a morte e a fixação em formol. Durante o procedimento, foi possível localizar, através da palpação, o ducto deferente, no entanto, não se pôde isolá-lo digitalmente e por esse motivo também a incisão realizada foi maior do que o esperado. Vale ressaltar que apesar de todas as camadas existentes foi fácil se chegar ao ducto deferente.
Vasectomy is a procedure in which part of the vas deferens is ligated and / or excised through an incision in the posterosuperior part of the scrotum. Therefore, the ejaculated fluid does not contain sperm, only the secretion from the seminal, prostate and bulbourethral glands. The deferent duct begins at the tail of the epididymis, ascends past it medially, and crosses the anterior abdominal wall through the inguinal canal. The research used a cadaver from the Nova Esperança Medical School, after the institution's approval through the Applied Anatomy Project, preserved in 10% formaldehyde and surgical and dissection instruments (tweezers, scalpels, blades, scissors, among others). The corpse was placed in the supine position, and the penis was attached to the abdomen; so that it had better access to the posterolateral side of the scrotum. From the visualization of the inferior pole of the scrotum and palpation of the region immediately posterior and superior to this one, it was possible to define the place to perform the procedure. A 3 cm incision was made, with subsequent dissection of the scrotum layers and other wraps: skin, tunic, dartos, external spermatic fascia, cremastic fascia and crasaster muscle, internal spermatic fascia and the parietal lamina of the vaginal tunic. With the exteriorization of the vas deferens, a segment of this was resected and then sutured at its extremities. The present procedure cannot be performed according to the traditional methods used in in vivo sterilization surgeries, due to the stiffening conditions of the body after death and formaldehyde fixation. During the procedure, it was possible to locate, through palpation, the vas deferens, however, it could not be digitally isolated and for this reason also the incision made was larger than expected. It is noteworthy that despite all the existing layers it was easy to reach the vas deferens.