Vejo com os ouvidos: os audiogames como vetores de (novas) experiências interativas

Lumina

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Telefone: (32) 2102-3601
ISSN: 19814070
Editor Chefe: Gabriela Borges Martins Caravela
Início Publicação: 31/05/2007
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Comunicação

Vejo com os ouvidos: os audiogames como vetores de (novas) experiências interativas

Ano: 2019 | Volume: 13 | Número: 3
Autores: E. Ferreira, F. Souza
Autor Correspondente: E. Ferreira | [email protected]

Palavras-chave: Audiogames, Videogames, Interatividade, Som, Visão

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este trabalho discute questões acerca das formas de interatividade próprias dos chamados audiogames – jogos em que o conteúdo sonoro é o principal elemento com o qual o jogador interage e em que o conteúdo visual pouco ou nada influencia na interação jogador-jogo – buscando compreender os motivos (históricos, econômicos, culturais, etc.) pelos quais a produção de jogos deste gênero é ainda escassa, tanto no Brasil quanto no mundo. Primeiramente, apresentamos os audiogames como um gênero de jogo com características próprias e singulares, assim como as principais formas de interação com este tipo de jogo. Em seguida, abordamos o que chamamos de supremacia da visão nas artes em geral e nos videogames em particular, buscando entender como as modalidades midiáticas em geral, historicamente, enfatizaram a visão em detrimento dos outros sentidos. Posteriormente, traçamos um breve histórico de dispositivos interativos – de brinquedos eletrônicos lançados na década de 1970 até os próprios audiogames – cujo principal sentido acionado no momento de interação é a audição, relacionando as formas particulares de interação com tais dispositivos, tanto para indivíduos com visão em pleno funcionamento, quanto para indivíduos dela destituídos. Por fim, discutimos a questão da acessibilidade e da inclusão de indivíduos destituídos da visão nas mídias interativas em geral e nos videogames em particular, apontando para possíveis cenários futuros.