Velhas aplicações e novas possibilidades para o emprego do método comparativo nos estudos geográficos

GeoTextos

Endereço:
Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia - UFBARua Barão de Geremoabo, s/n, Federação
Salvador / BA
40.170-970
Site: http://www.geotextos.ufba.br
Telefone: (71) 3283-8569
ISSN: 1984-5537
Editor Chefe: Angelo Serpa
Início Publicação: 28/02/2005
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Geografia

Velhas aplicações e novas possibilidades para o emprego do método comparativo nos estudos geográficos

Ano: 2012 | Volume: 8 | Número: 1
Autores: Paulo Roberto Baqueiro Brandão
Autor Correspondente: Paulo Roberto Baqueiro Brandão | [email protected]

Palavras-chave: Estudos geográficos, Metodologia de pesquisa, Método comparativo, História da Geografia, Contemporaneidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Na atualidade, há inúmeras pesquisas e publicações de cunho geográfico que tratam de comparar metrópoles, cidades médias, zonas agrícolas ou unidades de conservação, por exemplo. Em muitos dos casos, porém, essas produções intelectuais não são precedidas de uma exaustiva discussão metodológica, de tal modo que as comparações são feitas a partir da escolha pura e simples de dois ou mais entes geográficos similares. Assim, este escrito possui o propósito de debater alguns temas relativos ao emprego do método comparativo na Geografia. Para tanto, serão postos em relevo três aspectos principais para discussão, quais sejam: (a) um tratamento conceitual relativo à abordagem metodológica em tela, (b) uma revisão historiográfica que busca estabelecer, na história do pensamento geográfico, os momentos nos quais a perspectiva comparativa foi alvo de preocupação entre os autores da ciência, e, por fim, (c) uma análise exploratória da pertinência do uso da abordagem comparativa pelo geógrafo contemporâneo, em virtude da complexidade relativa à constituição do meio técnico-científico-informacional nos lugares. Assim, a necessidade de compreender a relação entre a produção de espaços da semelhança, resultantes das lógicas globalmente constituídas, e de espaços da diferença, advindos da resistência dos lugares em manter as características que os singularizam, permite afirmar, enfim, que o método comparativo pode jogar um papel fundamental nos estudos geográficos.