Este artigo versa sobre a permanência da benzeção praticada por velhas residentes no litoral do Estado do Paraná. Por meio da história oral, quatro mulheres discorreram sobre suas vidas e seus ofícios, permitindo pensar tanto sobre o benzimento quanto sobre a velhice na atualidade. Elas acreditam que receberam um “dom divino” e dedicam boa parte de seu tempo e energia para curar doenças, males do corpo e da alma. Por meio de suas vozes, encontrei a possibilidade de registrar uma atividade que faz parte da cultura imaterial e que pode desaparecer em muitos lugares. Ademais, o modo de vida dessas mulheres reforça a afirmação de que a velhice no século XXI abrange múltiplas práticas e expressões.