Velhice feminina: Emoção na dança e coerção do papel de avó

Revista Brasileira De Sociologia Da Emoção

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ISSN: 16768965
Editor Chefe: 1
Início Publicação: 31/03/2002
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Educação

Velhice feminina: Emoção na dança e coerção do papel de avó

Ano: 2011 | Volume: 10 | Número: 30
Autores: Francisca Denise Silva do Nascimento
Autor Correspondente: F.D.S. Nascimento | [email protected]

Palavras-chave: velhice, dança, gênero, padrões de comportamento

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Analiso aqui a problemática da velhice feminina a partir
de uma perspectiva construcionista pontuando como a mulher
considerada “velha” vem se equilibrando entre regras tradicionais que a
resume à condição de avó e novos moldes inaugurados pelo estilo de
vida chamado “terceira idade” que induz a pessoa com idade superior a
sessenta anos a ocupar novos espaços e mudar de atitude frente à idade
que se tem. As mulheres estudadas representam uma quebra de padrões
impostos à mulher e especialmente à mulher velha. Neste trabalho
analiso através de observação participante e etnografia dos bailes, o
quanto estas mulheres mesmo dando um grande passo em direção à
emancipação quando decidem dançar, ainda estão presas a jargões
impressos em seus corpos de modo a lhes podar sentimentos, a lhes
talhar a emoção de amar de novo ou de simplesmente se dar o direito
de se sentir bela. A dança aparece para estas mulheres como um
instrumento que possibilita a revalorização de seus corpos. Elas se
identificam com padrões de comportamento tradicionais e por isso não
querem conflito com seus familiares, mas se vêem representadas no
estilo de vida chamado terceira idade, há uma combinação de valores e
uma multiplicidade de identidades convivendo, hora a vovozinha, hora
a dançarina.



Resumo Inglês:

Here I analyze the problem of old women from a
constructionist perspective pointing out how the woman considered
"old" has been balancing between traditional rules that summarizes the
condition of his grandmother and new lines opened by the lifestyle
called "third age" who induces a person aged over sixty years to explore
new opportunities and change its attitude toward the age that you have.
The women studied represent a breach of standards imposed on
women and especially to the old woman. In this paper I look through
participant observation and ethnography of the balls, the same as those
women taking a major step toward emancipation when they decide to
dance, are still printed in the jargon their bodies in order to prune their
feelings, they chop the emotion to love again or simply give yourself
the right to feel beautiful. The dance appears to these women as a
means of allowing the upgrading of their bodies. They identify with
traditional patterns of behavior and therefore do not want to conflict
with their families, but see themselves represented in the lifestyle called
third age, there is a combination of values and a multiplicity of
identities living, time the grandmother, the dancer hours.