Objetivos: Avaliar a velocidade usual da marcha (VM) por meio de teste de caminhada de 10 m (TC10m) em adultos e idosos
assintomáticos brasileiros e compará-la com os valores de referência estrangeiros. Métodos: Setenta e nove voluntários assintomáticos
com idade ≥40 anos, de ambos os gêneros, foram avaliados. Após anamnese, antropometria e questionário de atividade fÃsica habitual,
os voluntários foram submetidos ao TC10m em velocidade usual. Por meio do tempo de teste, a VM, o número e comprimento dos
passos e das passadas foram calculados. Resultados: Com exceção da idade, todas as variáveis estudadas foram significativamente
inferiores para as mulheres. Os indivÃduos com idade ≥70 anos apresentaram VM significativamente inferior aos indivÃduos entre
40 e 49 anos e entre 50 e 59 anos nos homens (1,09±0,18 m/s, 1,35±0,11 m/s e 1,34±0,22 m/s, respectivamente) e nas mulheres
(1,02±0,10 m/s, 1,27±0,20 m/s e 1,27±0,15 m/s, respectivamente). A VM apresentou correlações moderadas com a idade (r=-0,41,
p<0,001) e com a estatura (r=0,35, p=0,001). Após análise de regressão múltipla, idade e gênero foram selecionados como atributos
determinantes da VM, explicando 24,6% dessa variável. Os valores da VM encontrados foram significativamente inferiores aos valores
de referência estrangeiros (p<0,05). Conclusões: A VM apresentou declÃnio com o avançar da idade e valores significativamente
inferiores àqueles descritos para populações estrangeiras. Esse achado indica a necessidade de ampla investigação dos valores de
referências da VM para a população brasileira.
Objectives: To evaluate the usual gait speed of asymptomatic adult and elderly Brazilians with a 10-meter walk test and to compare the
results with foreign reference values. Methods: Seventy-nine asymptomatic volunteers ≥40 years old of both genders were assessed.
After anamnesis, anthropometry and the application of a habitual physical activity questionnaire, the volunteers were submitted to a
10-meter walk test at usual speed by means of which gait speed, the number of steps and length of stride were calculated. Results:
Except for age, all study variables were significantly lower in women. Subjects ≥70 years old presented a significantly lower gait speed
than subjects between 40 and 49 years old and between 50 and 59 in both men (1.09±0.18 m/s, 1.35±0.11 m/s and 1.34±0.22 m/s,
respectively) and women (1.02±0,10 m/s, 1.27±0.20 m/s and 1.27±0,15 m/s), respectively). Gait speed showed moderate correlations
with age (r=-0.41, p<0.001) and height (r=0.35, p=0.001). After multiple regression analysis, age and gender were selected as relevant
attributes of gait speed in that they explained 24.6% of this variable. The gait speed values in this study were significantly lower than
foreign reference values (p<0.05). Conclusions: The gait speed presented age-related decline and values significantly lower than those
described for foreign populations. This finding indicates the need for comprehensive investigation of gait speed reference values for
the Brazilian population.