As reflexões sobre os limites da imagem como experiência fazem com que, contemporaneamente, a fotografia reinvente seus suportes e sua relação com outras mídias, propondo diferentes diálogos e conexões. Nesses novos contextos, a prática fotográfica se amplia, possibilitando experiências sensoriais diversas e convidando o corpo. Dessa forma, este trabalho busca refletir sobre a prática fotográfica de corpo inteiro realizada pelas pessoas com deficiências visuais. Nesse exercício, tomando os sentidos como integrados, é possível, portanto, ver por meio da escuta. E mais do que experiências de luz - como elemento que permite que nossos olhos vejam - e de som - como aquilo de nossos ouvidos recebem de forma imediata -, as experiências sensórias se contrastam, se cruzam e se localizam em meio ao corpo em movimento não mais como caminhos sensórios diferentes, mas como caminhos complementares. Essas sensorialidades também desembocam no fazer antropológico, apresentando novas proposições teóricas e ferramentas metodológicas para a disciplina.
Reflections on the boundaries of the image as experience lead photography to reinvent its supports and its relation with other media, proposing different dialogues and connections. In these new contexts, the photographic practice expands itself, allowing multiple sensorial experiences and inviting the body. Therefore, this work seeks to reflect on the photographic practice with a whole body did by visually impaired people. In this exercise, taking the senses as integrated, it is possible to see through listening. And more than experiences of light - as an element that enables our eyes to see - and of sound - as our ears receive immediately - sensory experiences are contrasted, intersected, and located in the body in motion not as different sensory paths, but as complementary paths. These sensorialities also lead to the anthropological work, presenting new theoretical propositions and methodological tools for the discipline.
Les réflexions sur les frontières de l'image comme expérience font la photographie réinventer ses supports et relation avec les autres médias et proposer des multiples dialogues et connexions. La pratique de la photographie se développe, permet diverses expériences sensorielles et invite le corps dans ces nouveaux contextes. De cette sorte, ce travail chasse à réfléchir sur la pratique photographique avec le corps complète fit par les malvoyants. Dans cet exercice, en considérant les sens comme intégrés, c’est possible de voir à travers de l'audition. Plus que des expériences de lumière - comme un élément qui permet à nos yeux de voir - et de son - ça que nos oreilles reçoivent immédiatement - les expériences sensorielles sont contrastées, croisées et situées par les corps en mouvement. Au lieu des chemins sensoriels différents, ils sont, par contre, des chemins complémentaires. Ces sensorialités conduisent aussi au travail anthropologique, présentant de nouvelles propositions théoriques et des outils méthodologiques pour la discipline.