Vera Duarte: retratos do cotidiano feminino

Revista Educação e Linguagens

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ISSN: 22386084
Editor Chefe: Ricardo Fernandes Pátaro
Início Publicação: 31/08/2012
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Educação

Vera Duarte: retratos do cotidiano feminino

Ano: 2013 | Volume: 2 | Número: 2
Autores: Cláudia Maria Fernandes Corrêa; Érica Antunes Pereira
Autor Correspondente: Cláudia Maria Fernandes Corrêa | [email protected]

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Cabo-verdiana do Mindelo, ilha de São Vicente, Vera Duarte é uma mulher que desde muito cedo mostrou sua forte inclinação para a escrita. Participou dos “Jogos Florais 1976” para comemorar o primeiro aniversário da independência, obtendo Menção Honrosa. Em 1981, obteve o 1º lugar com uma coletânea de oito poemas dedicados à mulher em um concurso organizado pela Organização das Mulheres de Cabo Verde, a OMCV. Seguiu o caminho do Direito e tornou-se a primeira mulher magistrada em Cabo Verde. Foi Presidente da Comissão Nacional para os Direitos Humanos e Cidadania em Cabo Verde até 2008. Em 1993, assumiu, como primeira mulher, a Comissão Africana do Direito dos Homens e dos Povos, e, pela sua atividade em prol dos Direitos Humanos, recebeu o prêmio Norte-Sul de Direitos Humanos de Lisboa do Centro Norte-Sul do Conselho da Europa. Foi Ministra da Educação e Ensino Superior de Cabo Verde de 2008 a 2010 e, também em 2010, recebeu a condecoração da 1ª. Classe da Medalha do Vulcão, outorgada pelo Presidente da República de Cabo Verde por sua relevância na área das Letras.
Sua obra de estreia, Amanhã amadrugada, de 1993, foi seguida por O arquipélago da paixão, em 2001, que recebeu o prêmio TCHICAYA U TAM’ SI de poesia africana; pelo romance A candidata, de 2004, recebeu o prêmio SONANGOL de literatura. Seu mais recente livro de poemas é Preces e súplicas ou os cânticos da desesperança, de 2005. Em 2007 publicou uma coletânea de ensaios na área dos Direitos Humanos intitulada Construindo a utopia e, em 2010, uma coletânea advinda de sua obra poética intitulada Exercícios poéticos.
Na mais recente obra poética Preces e Súplicas ou Os Cânticos da Desesperança, Vera Duarte relembra a história da escravização e, para além, denuncia os horrores da África, mas não apenas. Suas obras, assim como seu ativismo, traduzem o não conformismo com as incoerências da humanidade e as torna objeto de estudo e reflexão em vários espaços acadêmicos, sobre os mais diversos aspectos dos dois países – Brasil e Cabo Verde –, estreitando sobremaneira os laços já existentes.