A verdadeira história de Vladimir Herzog e o patético fim de Glauco Horowitz

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ISSN: 1808-3129
Editor Chefe: Monique Vandresen
Início Publicação: 01/01/2006
Periodicidade: Diário
Área de Estudo: Artes

A verdadeira história de Vladimir Herzog e o patético fim de Glauco Horowitz

Ano: 2017 | Volume: 12 | Número: 19
Autores: Jônata Gonçalves da Silva
Autor Correspondente: Jônata Gonçalves da Silva | [email protected]

Palavras-chave: Vladimir Herzog, Patética, Glauco Horovitz, ditadura militar, censura

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo tem como objetivo trazer para a reflexão e análise os fatos da vida, trajetória profissional e pessoal, e a morte do jornalista naturalizado brasileiro Vladimir Herzog. Cruelmente morto nos porões do DOI-CODI durante o período da ditadura militar. Sua morte é o principal conflito do texto dramatúrgico, censurado pelos militares na época, chamado de Patética. Escrito por João Ribeiro Chaves Neto, cunhado de Vladimir Herzog, a peça conta, por meio de metáforas, a triste história do jornalista assassinado pelo regime militar. Este artigo trata de apresentar um recorte da biografia de Herzog e de Chaves Neto, além de contar a trajetória do texto Patética durante o processo de censura que ele sofreu. É importante deixar claro que o presente artigo tem o caráter de reflexão histórica e não de análise do texto. Trata-se de um campo de estudo da histó- ria do teatro brasileiro tendo como objetivo a discussão sobre a censura que atingiu grande parte do movimento artístico, além da violência sofrida pelo povo brasileiro nesses anos de chumbo. A metodologia empregada aqui foi a de buscar em várias biografias essa história e cruzar fatos e opiniões sobre o tema. Concluo que ainda há um certo conformismo e acomodamento no que diz respeito à memória do nosso país. Muitos esqueceram das dores que outros tantos sofreram para estarmos aqui hoje, livres, falando sobre isso. Um tempo que se pararmos para lembrar não está tão longe assim dos dias atuais, mas é certo que a sua lembrança ainda dói na memória.



Resumo Inglês:

This paper aims to bring to reflection and to analyze naturalized Brazilian journalist Vladimir Herzog’s life story, his personal and professional trajectory, and his cruel death in DOI-CODI’s basements during the Brazilian military dictatorship (1964-1985). His death is the main conflict of Patética, a dramaturgic text censored by the military. Written by João Ribeiro Chaves Neto, brother-in-law to Vladimir Herzog, the play unravels, through metaphors, the sad history of the journalist murdered by the military regime. This paper presents a view on Herzog’s and Chaves Neto’s biographies, as well as on Patética’s trajectory throughout its censorship. It is important to clarify this paper holds its character of historic elaboration and does not intend to analyze the text itself, as it affiliates to the field of Brazilian theatre history, focused on the discussion of the censorship that affected a large part of the Brazilian artistic movement and on the violence that Brazilian people have been subject to during the so-called “lead years”. The methodology here applied involved searching through many biographies the story this article looks for and crossing facts and opinions on the subject. It concludes that there still is certain conformity concerning Brazil’s collective memory, as many have forgotten the pain so many others have suffered to pave the way so that the people could even discuss freely this very subject. A time that passed not that long ago, and whose memory still hurts deep.