A vivência da morte na cidade de Braga durante o século XVIII implicava diferentes dimensões e práticas sociais e
cultuais que pretendiam conferir aos defuntos uma viagem segura para o outro mundo. Uma dessas dimensões era a
escolha da mortalha fúnebre. Neste artigo, fundado no estudo de uma amostra de 250 testamentos bracarenses setecentistas,
procuramos assinalar as vestes fúnebres mais solicitadas pelos bracarenses dessa centúria e os motivos
dessas escolhas. Salientamos igualmente o papel importante desempenhado por certas confrarias na aquisição da
mortalha para seus membros.