Viabilidade de um AVAD não superior a 10-4 por pessoa por ano, para reúso agrícola de água, em países em desenvolvimento

Revista Ambiente E Água

Endereço:
Estrada Mun. Dr. José Luiz Cembranelli, 5.000 - Bairro Itaim
Taubaté / SP
0
Site: http://www.agro.unitau.br/seer/index.php/ambi-agua/index
Telefone: (12) 3625-4212
ISSN: 1980993X
Editor Chefe: Nelson Wellausen Dias
Início Publicação: 31/07/2006
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Agrárias, Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências Exatas, Área de Estudo: Engenharias, Área de Estudo: Multidisciplinar

Viabilidade de um AVAD não superior a 10-4 por pessoa por ano, para reúso agrícola de água, em países em desenvolvimento

Ano: 2009 | Volume: 4 | Número: 2
Autores: I. Hespanhol
Autor Correspondente: Ivanildo Hespanhol | [email protected]

Palavras-chave: avad, daly, reúso, esgotos, irrigação, diretrizes, padrões

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

AVADs são medidas do estado de saúde de uma população ou da carga associada a uma doença específica ou a um determinado fator de risco. Avalia o período de vida perdido devido á morte ou a fatores de desabilidade, provocados por doenças, em comparação com uma vida longa, livre de desabilidade e sem doenças. AVADs são calculados como a soma de anos de vida perdidos devido à morte prematura (AVM) e anos de vida saudável perdidos em estados de doenças, isto é, anos vividos em desabilidade, (AVD) que são padronizados por meio de pesos de severidade, portanto: AVAD = AVM+AVD. A Organização Mundial da Saúde – OMS - estabeleceu, para uso de esgotos em irrigação, o mesmo nível de proteção da saúde pública previamente estabelecido para consumo de água potável, isto é, a carga adicional de doenças oriundas pelo consumo de produtos irrigados com esgotos não deverá exceder 10-6 AVAD (Anos de Vida Perdidos por pessoa por ano, PPPA). Um nível de risco tão restritivo é quase impossível de ser obtido em uma grande maioria de países em desenvolvimento, que não terão condições de implementar as medidas protetoras preconizadas, principalmente em relação a tratamento de esgotos, mesmo para irrigação irrestrita. Este trabalho analisa quais são as medidas protetoras viáveis de serem estabelecidas em países em desenvolvimento, propondo uma carga tolerável de doenças não superior a 10-4 AVAD por pessoa por ano. Para analisar a validade dessa proposta é necessário adotar uma metodologia de risco/benefício, por meio da realização de estudos epidemiológicos e da avaliação de características e condicionantes locais, particularmente as de saúde pública, ambientais, técnicas, econômicas e socioculturais.



Resumo Inglês:

DALYs are a measure of the health of a population or burden of disease due to a specific disease or risk factor. It evaluates the time lost because of disability or death from diseases compared with a long life free of disability in the absence of disease. DALYs are calculated as the sum of years of life lost by premature mortality (YLL) and years of healthy life lost in states of less than fully health, i.e., years lived with a disability (YDL), which are standardized by means of severity weights, thus: DALY=YLL+YLD. WHO has established for wastewater use in irrigation the same reference level of health protection as established for drinking water quality, i.e., the additional burden of disease from consuming water irrigated food should not exceed 10-6 DALY (Disability-Adjusted Life Years) loss per person per year (pppy). Such a restrictive risk is almost impossible to be attained in most developing countries which may not be able to afford the cost of wastewater treatment and of other protective measures, even for restrict irrigation. This paper analyses which protective measures are able to be implemented in developing countries and proposes a tolerable disease burden of no more than 10-4 DALY per person per year. In order to evaluate this proposal it is mandatory to adopt a methodology of cost/benefit, through the development of epidemiologic studies and the identification of local characteristics and constraints, particularly the ones related to public health, technical, socio economical and environmental conditions.