A violência como regra

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ISSN: 21787719
Editor Chefe: Angelo Ferreira Monteiro
Início Publicação: 31/12/2009
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

A violência como regra

Ano: 2021 | Volume: 12 | Número: 1
Autores: TOSTA, T.C.L.; BORZUK, C.S.
Autor Correspondente: BORZUK, C.S. | [email protected]

Palavras-chave: Intolerância. Paranoia. Violência. Indivíduo. Sociedade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo deste texto é analisar as determinações sociais e subjetivas que tornam as diferenças interpessoais ameaçadoras para

os indivíduos, produzindo nestes o ódio e a intolerância. Investigou-se os entrelaçamentos entre indivíduo e sociedade que

favorecem o surgimento de comportamentos intolerantes, tornando-os uma espécie de regra dentro da vida social regida pelo

capitalismo administrado. Com a realização deste estudo foi possível verificar que há uma tendência inerente às sociedades

administradas a promover o modo de funcionamento psíquico paranoico em seus indivíduos, resultando em uma lógica de

violência e intolerância como um mecanismo para a manutenção da própria coerência interna. Ao tornar-se um “existencial

social”, a paranoia deixa de ser uma categoria exclusivamente clínica para se tornar um modelo de administração da sociedade,

produzindo e reproduzindo nas subjetividades as suas características fundamentais. O referencial teórico e metodológico é a

Teoria Crítica da Sociedade.



Resumo Inglês:

This text aims to analyze the social and subjective determinations that make interpersonal differences threatening to individuals,

producing hatred and intolerance in them. It was investigated the intertwining between individual and society, which favored

the emergence of intolerant behaviors that make them a kind of rule within the social life ruled by administered capitalism.

Through the accomplishment of this study it was possible to verify that there is an inherent tendency in the administered

societies which might promote the paranoid psychic functioning in their individuals, resulting in certain logic of violence and

intolerance as a mechanism for maintaining their own internal coherence. By becoming a “social existential”, paranoia ceases

to be an exclusively clinical category to become a model for the administration of the society, producing and reproducing in its

subjectivities its fundamental characteristics. The theoretical and methodological framework is the Critical Theory of Society