Este artigo apresenta a pesquisa “Violência doméstica perpetrada contra a mulher no municÃpio de Montes Claros: um recorte possÃvelâ€. O objetivo do estudo foi investigar a violência contra as mulheres em Montes Claros, Minas Gerais. Em sua vertente quantitativa os dados foram coletados no 10º Batalhão da PolÃcia Militar de Montes Claros, por meio da análise de 1.315 boletins de ocorrência no perÃodo de agosto de 2007 a agosto de 2009. A vertente qualitativa pretendia conhecer o sentido da violência para as mulheres envolvidas e seus reflexos na famÃlia, por meio de entrevistas semiestruturadas que não se efetivaram. A partir da Análise Institucional de René Lourau analisamos essa inviabilidade como dado qualitativo, examinando o cotidiano da delegacia após a Lei Maria da Penha. Os resultados apontam para a maior prevalência do fenômeno nos bairros de periferia e seu turno de maior ocorrência é o noturno. As vÃtimas e o agressor em sua maioria têm entre 26 e 35 anos e mais da metade das mulheres já sofreu agressões anteriores. Os tipos de violência mais encontrados são a agressão fÃsica e o abuso moral. Os principais motivos atribuÃdos são discussão doméstica e ingestão de álcool. ConcluÃmos que a intervenção judicial não é suficiente para a inibição da violência contra a
mulher, pois em certos casos afasta da delegacia mulheres com outras demandas acerca da violência, que sofrem e que não podem contar com a ajuda policial para a resolução dos seus conflitos.
This article discusses the qualitative data from the research: "Domestic Violence Against Women in the city of Montes Claros/ MG: a Possible Approach". The objective of this study was to investigate the violence against women in Montes Claros, Minas Gerais. In the quantitative dimension the data was collected from the 10 Batalhão da PolÃciaMilitar de Montes Claros through the analysis of 1315 police reports, from August 2007 until August 2009. The main reasons are domestic argument and alcohol ingestion. In the qualitative dimension it intends to find the meaning for the women involved and its reflexes in the family, through semi-structured interviews that were not accomplished. From the Institutional Analysis of René Lourau we reviewed this impracticability as qualitative data, examining the Police station’s routine after the “Maria da Penha†Law. The results show a higher incidence in the outskirts of the city and a higher occurrence during the night. Mainly the victims and the aggressor have between 26 and 35 years old and half of the women had already suffered previous aggressions. The types of violence often found are physical aggression and psychological abuse. We concluded that judicial intervention is not enough to inhibit the violence against women, because in certain cases discourages women to go tothe Police station when they have other demands about the violence they suffer and cannot count on the Police to solve their conflicts.
En este artÃculo se presenta el estudio "La violencia doméstica ejercida contra las mujeres en Montes Claros: un corte posible". El objetivo de lestudio fue investigar la violencia contra las mujeres en Montes Claros, Minas Gerais. En aspecto cuantitativo los datos fueron recolectados en décimo Batallón de la PolicÃa Militar de Montes Claros, a través del análisis de 1.315 informes de la policÃa de agosto 2007 a agosto de 2009. El aspecto cualitativo querÃa saber el significado de la violencia para las mujeres que participan y su impacto em la familia, a través de entrevistas semi-estructuradas qui non ocurrió. Desde el análisis institucional de René Lourau analisamos esta inviabilidad como dato cualitativo, examinado el diário de la comisarÃa después de la Ley Maria da Penha. Los resultados apuntan a una mayor prevalencia de este fenómeno em los barrios periféricos y se vuelven más frecuente es la noche. Las vÃctimas y los abusadores em su mayorÃa tienen entre 26 y 35 años, y más de la mitad de las mujeres han sufrido ataques anteriores. Los tipos de violencia se encuentran más son la agresión fÃsica y el abuso moral. Las principales razones aducidas son disputa doméstica y el consumo de alcohol. Llegamos a la conclusión de que la intervención judicial no es suficiente para la inhibición de la violencia contra las mujeres, ya que em algunos casos lejos de las mujeres de la policÃa com otras demandas, qui sufre y no se puede confiar em la policÃa para ayudar a resolver sus conflictos.